ATA DA PRIMEIRAOCTOGÉSIMA PRIMEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRASEXTA SESSÃO
LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA DA DÉCIMA LEGISLATURA, EM 1423.-061.-19910.
Aos vinte e três quatorze dias do mês dias do mês de janeiro de junho do ano de mil
novecentos e noventa e um,
reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de
Porto Alegre, em sua PrimeiraOctogésima Primeira Sessão Ordinária da Terceira Sexta Sessão
Legislativa ExtraoOrdinária da Décima Legislatura. Às quatorze horas
e quinze minutos, nove horas e quarenta e cinco minutos, foi realizada a chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adroaldo Correa, Airto Ferronato, Antonio
Hohlfeldt, Artur Zanella, Clóvis Brum, Clóvis Ilgenfritz, Cyro Martini, Décio
Schauren, Edi
Morelli, Elói Guimarães, Ervino Besson, Giovani Gregol, Isaac Ainhorn, Jaques Machado, João Dib, João Motta, José Alvarenga, José Valdir, Lauro
Hagemann, Leão de
Medeiros, Letícia
Arruda, Luiz Braz, Mano José, Nelson Castan, Nereu
D’Ávila, Omar Ferri, Vicente Dutra, Vieira da Cunha, Wilson Santos, Wilton Araújo e
Heriberto Back. Constatada a existência de “quorum”, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e solicitou ao Ver. Airto
Ferronato que procedesse àa leitura de trecho da Bíblia. A seguir, o Senhor Secretário procedeu àa leitura da Ata da Octogésima Sessão Ordinária, que
foi aprovada. À MESA, foram
encaminhados: pelo Vereador Ervino Besson, 01 Pedido de Providências e 01 Indicação; pelo Vereador José
Valdir, 01 Substitutivo ao Projeto de Lei do Legislativo nº 88/91 (Processo nº
1260/91); pelo Vereador Leão de Medeiros, 01 Projeto de Lei do Legislativo de nº 124/91
(Processo nº 1590/91); pela Vereadora Letícia Arruda, 02 Pedidos de Providências, 01 Indicação e
01 Emenda ao Projeto
de Lei do Legislativo nº005/91 (Processo nº 0091/91); e pelo Vereador Wilson Santos, 03 Pedidos de Providências. Do EXPEDIENTE, constaram o
Ofício nº 310/91, do Senhor Prefeito Municipal, e Telex, da Associação dos Docentes da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A seguir, o Senhor Presidente respondeu Questãoões de Ordem do Vereador Isaac
Ainhorn, acerca do Projeto de Lei do Legislativo nº 01/91; do Vereador José
Valdir, acerca do pronunciamento feito ontem, na Casa, pelo Vereador Wilson
Santos; do Vereador Leão
de Medeiros, acerca de Comissão do Executivo Municipal, criada para estudar a
planta de valores a ser utilizada paraelo cálculo dos valores do Imposto Predial e Territorial Urbano. Em prosseguimento, nos termos do artigo 100 da Lei
Orgânica Municipal, o Senhor Presidente concedeu a palavra à Professora Marta Maria
Roessler que, em nome da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, comentou documentos entregues aos Senhores Vereadores,
relativos às reivindicações e propostas efetuadas pelos docentes em greve da
UFRGS, criticando a política adotada pelo Governo Federal com relação ao ensino
superior público no País. Após, o Senhor Presidente respondeu a Questões Questão de Ordem dos Vereadores João Motta e Lauro Hagemann, acerca da atuação
da Comissão de Finanças e Orçamento da
Casa, com relaçãoões aos valores do Imposto Predial e
Territorial Urbano. Ainda, o Senhor Presidente registrou as presenças, além da Professora Marta Maria Roessler, dos
Professores Luisz Miranda e Luiz Alberto Oliveira Ribeiro de Miranda. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Décio Schauren, manifestou o apoio à luta dos professores da UFRGS
e das demais universidades
federais, bem como aos servidores dessas instituições, em greve por melhores
condições de trabalho e salários. Criticou o Governo
Federal, pelaara a política adotada para o setor de ensino no País. O Vereador Lauro Hagemann afirmou que o
mínimo que esta Casa pode fazer é se alinhar ao movimento deflagrado pelos
professores da UFRGS.
Ponderou sobre o papel das universidades dentro da sociedade atual, criticando
a política adotada
pelo Governo Federal para essa área. Às dez horas e vinte e oito minutos, foram suspensos os trabalhos,
nos termos do artigo 84, II do Regimento Interno, sendo os mesmos reabertos, constatada
a existência de “quorum”, às dez horas e vinte e nove minutos. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Wilson Santos denunciou despojo
de área situada em frente ao Aeroporto Salgado Filho, criticando a falta de iniciativa do Executivo Municipal em busca da retomada dessa área
e comentando documentos envidados aos órgãos competentes solicitando informações acerca do assunto. O
Vereador João Dib estranhou o apoio dado pelas Bancadas do PT e do PCB à greve dos docentes da UFRGS,
salientando incoerência observada com relação a esse apoio e à atuação desses Partidos no
relacionado com a greve empreendida pelos municipários. Comentou documento
assinado porela Lideranças da Casa, em que este
Legislativo reconhece
o direito dos municipários aos reajustes por eles solicitados, dizendo que não comparecerá à reunião de entrega desse documento
ao Executivo Municipal e esclarecendo os motivos dessa atitude. O Vereador Airto Ferronato discorreu acerca da
situação do turismo em Porto Alegre, comentando projeto de sua autoria, a ser
encaminhado à Casa, que dispõe sobre a
adoção dos acessos da Capital para fins estéticos e paisagísticos, incentiva a
divulgação dos pontos turísticos do
Município e dá outras providências. Na ocasião, o Senhor Presidente respondeu
Questão de Ordem do Vereador Vicente Dutra, acerca da possibilidade de
encaminhamento à Auditoria da Casa do
discurso efetuado pelo Vereador Wilson Santos; do Vereador Wilson Santos, acerca da concessão de tempo para
pronunciamento do Vereador em Comunicação de Líder. A seguir, foi aprovado
Requerimento verbal do Vereador João Dib
solicitando alteração na ordem dos trabalhos e na ordem de votação das matérias
constantes da Ordem do Dia. Em PAUTA, Discussão Ppreliminar, estiveram, em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nºsos 108, 92, 87/91, este discutido
pelo Vereador Clóvis Brum; o Projeto de Resolução nº 24/91, o Projeto de Lei
Complementar de Legislativo n° 28/91, este discutido pelo Vereador Airto
Ferronato; o Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei do Legislativo nº 78/91,
este discutido pelo Vereador Adroaldo Correa; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nºsos 84, 101/91, o Projeto de Lei do
Executivo nº 12/91, os Substitutivos nºos 01 ao Projeto de Lei do
Legislativo nº 14/91, discutido pelo Vereador Clóvis Brum, aos Projetos de Lei
do Legislativo nosºs 48, 49 e 66/91; em 3ª Sessão, os Projetos de Lei
do Legislativo nºsos 74/91,
discutido pelo Vereador Clóvis Brum, 63, 51, 34, 90, 43/91, 163/90, os Projetos
de Resolução nºsos 18, 20, 21/91, o Projeto de Lei
do Executivo nº 11/91. A seguir, constatada a existência de “quorum”, foi iniciada a ORDEM DO
DIA. Em votação, esteve Parecer da Comissão de
Justiça e Redação acerca de Questão de Ordem formulada pelo Vereador João Dib,
através do Processo nº 1385/91, a respeito da tramitação do Processo nº 03/91,
Parecer esse que foi encaminhado àa
votação pelo Vereador Isaac Ainhorn. Às nove onze horas e vinte trinta e sete minutos , por solicitação do Vereador Giovani Gregol, foi
efetuada nova verificação de “quorum” e, constatada a sua inexistência, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocou convocando os Senhores Vereadores para a
Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. foi realizada a segunda chamada, sendo respondida
pelos Vereadores Adroaldo Corrêa, Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Artur
Zanella, Clóvis Brum, Cyro Martini, Décio Schauren, Dilamar Machado, Edi
Morelli, Elói Guimarães, Ervino Besson, Gert Schinke, Giovani Gregol, Isaac
Ainhorn, Jaques Machado, João Dib, João Motta, José Valdir, José Alvarenga,
Lauro Hagemann, Leão Medeiros, Letícia Arruda, Luiz Braz, Luiz Machado, Mano
José, Nelson Castan, Omar Ferri, Valdir Fraga, Vicente Dutra, Wilson Santos,
Vieira da Cunha, Wilton Araújo e Antonio Losada. Constatada a existência de
“quorum”, o Sr. Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou que fosse
distribuídas em, avulsos cópias das Atas da Sessão de Instalação, da Primeira,
Segunda, Terceira e Quinta Sessões Extraordinárias e da Ata Declaratória da
Quarta Sessão Extraordinária, que foram aprovadas. A seguir foi iniciada a
ORDEM DO DIA. Em discussão Geral e Votação Secreta foi aprovado o Projeto de
Lei Complementar do Legislativo nº 25/89, considerando rejeitado o Veto Total a
ele aposto, por vinte e três votos SIM contra cinco votos NÃO e dois em BRANCO,
após ter sido encaminhado à votação pelos Vereadores Luiz Braz, Vicente Dutra e
Clóvis Brum, tendo sido escrutinadores os Vereadores Wilton Araújo e Antonio
Hohlfeldt. Em Discussão Geral e Votação Secreta esteve o Veto Total ao Projeto
de Lei do Legislativo nº 166/89 que, após ter sido discutidos pelos Vereadores
Isaac Ainhorn, Elói Guimarães, Antonio Hohlfeldt, João Motta, Clóvis Brum,
Wilson Santos, José Alvarenga e Dilamar Machado, teve adiada sua discussão e
votação por uma Sessão, a Requerimento, aprovado, do Ver. João Motta,
encaminhando à votação pelo Vereadores João Dib, Clóvis Brum, Luiz Braz, Vieira
da Cunha, Omar Ferri e João Motta. Em
discussão Geral e Votação Secreta foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo
nº 07/89, por trinta e dois votos SIM. Durante os trabalhos, foram apregoados
os Ofícios nºs 65, 68 e 69, do Sr. Prefeito Municipal, solicitando que sejam
devolvidos ao Executivo, respectivamente, o Projeto de Lei Complementar do
Executivo nº 01/90 e os Projetos de Lei do Executivo nºs 06 e 05/90. Ainda, foi
aprovado Requerimento do Ver. Valdir Fraga, solicitando que o Projeto de Lei do
Legislativo nº 07/90 seja dispensado de distribuição em avulsos e interstício
para sua Redação Final, considerando-a aprovada nesta data. Nada mais havendo a
tratar, o Sr. Presidente declarou encerrados os trabalhos da
Sexta Sessão Legislativa Extraordinária às dezessete horas, convocando os
Senhores Vereadores para a Sessão Extraordinária da Câmara Constituinte a ser
realizada amanhã, às nove horas e trinta minutos. Os trabalhos
foram presididos pelos Vereadores Antonio Hohlfeldt, Airto Ferronato
Valdir
Fragae Leão de Medeiros e secretariados e Secretariadoss
peloss
Vereadoreses
Lauro
Hagemann Leão de Medeiros e Wilson Santos. e Jaques Machado, este como Secretário “ad hoc”. Do
que eu, Lauro Hagemann 1º SecretárioDo que eu, Leão de Medeiros, 1º Secretário, , determinei
fosse lavrada a presente Ata que, após lida e aprovada, será assinada peloor todos os Senhores Presidente e por mim Vereadores presentes.
O SR. ISAAC AINHORN
(Questão de Ordem): Constatada a Ordem do Dia, devidamente com as antecedências das 48 horas, para o exame por
parte desta Casa, um Parecer de minha
autoria sobre
Questão de Ordem formulada pelo Ver. João Dib, em relação ao um Projeto que estabelece a
composição da despesa com pessoal, conforme disposto no artigo 15º, da Lei nº 6611. Ocorre que eu recebi um
Projeto, Sr. Presidente. Eu recebi um Processo que envolve ao Projeto este
Processo é o Projeto
do Ver. João Dib que trata da composição da despesa com pessoal., E euu recebi este Processo para relatar, consoante despacho de V. Exª remetendo os
autos à Comissão de Justiça, para análise da situação e especial para o
Parecer da Auditoria, tendo em vista a Questão de Ordem do Ver. João Dib.
Ocorre, Sr. Presidente, que a Comissão de Justiça já se
manifestou.
O SR. PRESIDENTE (Antonio Hohlfeldt): Ver. Isaac Ainhorn, leia a data em que eu dei esse
Despacho. Por favor.Valdir Fraga):
O SR. ISAAC AINHORN: Vinte e nove de maio.É 29 de
maio..05. Ocorre, Sr. Ppresidente, que no dia 11.06 eu recebi um outro
despacho de Ordem do Sr. Presidente me indicando o relator e remetendo o Processo para mim. Então, é exatamente, é que talvez tenha sido um problema da própria Comissão que
deveria devolver a V. Exª para examinar este despacho, uma vez que eu acho que a
votação dessa Questão de Oordem,
dirime todas as dúvidas ao Parecer da Aauditoria
e todas as questões, e vai definir se o Projeto vai ema votação ou não, porque inclusive há nesse Projeto
um pedido de aplicação do artigo 81, por parte do autor do mesmo.
O SR. PRESIDENTE: Se permiteir uma
correção, Vereador, no artigo 81 se vai à votação ou não, V. Exª tem razão. Está
condicionado à votação. Enquanto não houver a votação não haverá a tramitação. O Ver.
Isaac Ainhorn, solicitoa quea V. Exª que devolva
devolva
à Mesa então, para fazer a correção do
despacho sem nenhum problema e depois será recolocada às mãos de V. Exacelênciaª.
O SR. JOSÉ VALDIR (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu consulto aà Mesa se é possível obter ainda nessa Sessão, com a maior rapidez possível, cópia da notificação, que o Ver. Wilson Ssantos encaminhou a Justiça, visto que ontem foi
objeto de pronunciamento por apaerte daquele Vereador nesta tribuna. Consulto aà Mesa se é possível.
O SR. PRESIDENTE: Ver. José Valdir, a Mesa ou esta Ccasa, até porque não é parte direta da questão, não recebeu cópia da
notificação, V. Exª tem que se dirigir ao Executivo se ele já recebeu, ou ao próprio Vereador. A Casa
formalmente não recebeu, a Casa apenas registrou o discurso do Vereador.
O SR. PRESIDENTE: Passamos àá
C, conforme
o artigo 100, da Lei Orgânica Municipal, requerida para o dia de hoje pelaara a Associação dos Docentes da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, aqui representada por um integrante de seu
comando de greve, Profª Marta Maria Roessler, que, a partir de agora ocupa a
Tribuna Popular.
A SRA. MARTA MARIA ROESSLER: Bom dia, Sr. Presidente! Bom dia, caros Vereadores! Estou aqui em nome do comando
de greve dos docentes
da Universidade do Rio Grande do Sul. Tive a preocupação de reproduzir o
material divulgado pela nossa Associação, ADURGS, o quale encontra-se já se encontra em poder
dos Senhores, para que não percamos tempo falando em dados, visto que
esses documentos, o primeiro deles trata-se de toda pauta de reivindicação dos docentes, não só da UFRGS, mas de todas as Universidades
Federais do Brasil; o segundo documento apresenta uma
manifestação da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, tendo em
vista que nós fomos recebidos pelo Presidente da Casa, da Assembléia Legislativa, Deputado César
Schirmer, e fomos convidados a conversar com a Comissão de Educação, a qual emitiu esse documento que
ora se encontra em
poder dos sSenhores. Em que eles manifestaram a sua posição em relação aà
greve da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, reconhecendo ser caótica a nossa situação. No
mesmo documento, no Boletim nº 3 da UFRGS,
existe uma manifestação do Conselho Universitário da Universidade que é o órgão
máximo da Universidade e que coloca,
exatamente, a situação em que nós estamos, enquanto Universidade Federal, em
todo o Brasil, e as reais intenções do nosso Governo Federal. A minha preocupação emé vir até aqui e colocar para os Senhores
toda a situação que nós estamos passando foi no sentido de alertá-los de que a Universidade, apesar de ser Universidade
Federal, ela produz conhecimento e forma recursos humanos, não para um gGoverno
central, ela forma recursos humanos para todo o Brasil, ela forma recursos
humanos para todo o Estado do Rio Grande do Sul, ela forma recursos humanos para o Município de
Porto Alegre. Todo o benefício da nossa
Universidade reverte, principalmente, no primeiro momento, para o Município,
não só na formação de recursos humanos,
mas também na produção de pesquisas. Então,, em
virtude disso nós pedimosvimos pedir a esta Casa que dê atenção ao que está acontecendo
na Universidade, porque nós acreditamos
sinceramente que os parlamentares tenham o poder realmente de reverter essa
situação. O nosso movimento tem
tentado de todas as formas buscar as estratégias possíveis de serem realizadas
na busca de uma situação melhor. Agora, não há dúvida de que na realidade, é através dos nossos
representantes,
junto ao Governo Municipal, Estadual e Federal que vamos conseguir alguma
coisa. A situação da Universidade no momento é a pior vivida. Nós aqui dna
Universidade do Rio Grande do Sul com mais de 50 anos nunca vivemosse viveu uma situação como agora se vive. É uma situação de
sucateamento absoluto, não existe verba, o salário, como vocês podem perceber
através de documento entregue, nós estamos com um piso salarial de Cr$ 74.000,00;
isso com a proposta feita pelo MEC, que nos chegou ontem, que nos eleva o piso salarial de
Professor de 20 horas em início de carreira para Cr$ 74.000,00. Isso é aviltante, não existe
verba para se tocar o ensino e a pesquisa. E não há dúvida nenhuma de que essa é a intenção do Governo. Ele quer terminar com o
Serviço Público Federal uma vez por todas; não só com a Universidade, mas, com os servidores de todos os
segmentos que estão sofrendo essa situação. Todo esse processo se
consolida através de
um documento chamado: Pproposta
para uma nova política de Ensino Superior. Os Senhores devem ter conhecimento
do texto dessa proposta, ela termina,
ela transforma, como diz o nosso documento do Conselho Universitário, a
Universidade numa Escola de 3º Grau
apenas. E nós temos uma realidade de que mais de 80% da pPesquisa feita no Brasil é feita dentro da Universidade Federal. Para onde é
que vai essa pesquisa? Vamos atender apenas aos interesses das multinacionais?
Vamos atender apenas aos interesses de uma única criatura que está
brincando de governar, porque, na realidade, o que se tem visto é isso, uma pessoa brincado de dirigir
outras pessoas. Na realidade as atitudes que estão sendo tomadas pelo Governo Central não são atitudes
sérias, de forma nenhuma. Então, vem o nosso pedido, em nome do Comando de Greve, o apoio desta Casa a nossa causa como
professores, como funcionários da Universidade Federal, como funcionários públicos
federais. Viemos pedir que, realmente, nos apoiasseóiemm, que se utilizem dois canais que vocês possuem, da influência de que todos os Parlamentares têm a ascendência sobre o Governo
Central para que se
reverta essa situação. Para que se possa realmente voltar a trabalhar na
formação de recursos humanos. Que o professor da Universidade não precise mais
gastar o seu tempo, como ele tem feito, aquele tempo que ele teminha para
estudar, para pesquisar, para preparar aula, ele ele está
vendendo comidas congeladas, ele está vendendo confecções,
ele está buscando atividades alternativas que não condizem absolutamente com a situação de um profissional
que leva, pelo menos, 10 anos para se formar. É o mínimo para
que um professor chegue àá
Universidade. São 10 anos. Na realidade,
um professor, com Doutorado, ele chega a estudar 16 anos para chegar a sua
posição e ele precisa estudar continuamente. Onde vão parar os nossos futuros
professores? Os nossos futuros médicos?
Os nossos futuros engenheiros? Se os profissionais que estão dentro da Universidade não têm mais condições de preparar estes recursos
humanos. Eu acredito que a situação de alguns, hoje, possa ser de desinteresse.
Nós temos visto
manifestações de desinteresse no sentido de dizer: o meu filho está na
Universidade, eu posso pagar uma PUC para o meu filho. Mas será que o seu filho vai poder pagar para os seus netos? É a
pergunta que nós temos feito. Nós estamos vivendo ainda, nós estamos sobrevivendo dentro
deste País. Mas será que os nossos descendentes, ainda, sobreviverão? Então, fica esta questão e o meu pedido sincero de apoio
desta Casa parta
que possamos voltar para uma Universidade construída na base dos seus ideais
maiores, do trabalho,
da dignidade, da formação de recursos humanos e da pesquisa em prol de uma
comunidade melhor. Obrigado pela atenção de todos.
(Não revisto pela oradora.)
O SR. PRRPESIDENTE:
Convido a Profªprofessora Marta a permanecer alguns momentos conosco. Os Vereadores Décio Schauren e Lauro Hagemann,
pela ordem, já solicitaram Lliderança.
Questão de Ordem com o Ver. Leão de Medeiros.
O SR. LEÃO DE MEDEIROS (Questão de Ordem): Tendo em conta a Questão de Ordem, de ontem,
formulada pelo Ver. João
Dib, e as manifestações de hoje, na imprensa, do Vice-Prefeito, Tarso
Genro, para que a questão fique
explicitamente esclarecida, indago se a Mesa, ou a Casa, considera como oficial, da Câmara Municipal de Porto Alegre, a presença de servidor da
Casa, ou até mesmo de Vereador, em Comissão do Executivo criada para estudar a
Planta de Vvalores para o IPTU, se isso é
oficial, e se existe tal pessoa fazendo isso em nome da Câmara;: outra indagação é se a Mesa recebeu algum convite
do Executivo para que os partidos políticos, aqui representados, participem dessa Comissão que
o Executivo teêm lá instalada. Era isso. Obrigado.
O SR. PRPESIDENTE: A Mesa pode responder objetivamente. Em primeiro lugar, a única Comissão que a Casa participa
oficialmente, por legislação, é que tem designado um funcionário até que se
termine o processo de instalação, é o Conselho Municipal da Criança e do
Adolescente, é o funcionário Eduardo Epsztein, do Gabinete da Presidência, até que se vote regulamento e regimento, e a partir daí se defina se a
representação da Casa
será feita por Vereador, ou por funcionário. A Presidência não tem conhecimento de nenhuma outra representação oficial, á
exceção de anos anteriores, na questão da saúde, do SUS, do qual participa a
Casa. A Mesa, e a Casa receberam sim o
convite da Prefeitura, do Executivo, e pela minha memória, esse convite foi
encaminhado diretamente à Comissão de Finanças e Orçamento, a quem
entendíamos que cabia uma definição.
O SR. LEÃO DE MEDEIROS: Muito obrigado.
(Revisto pelo orador.)
O SR. JOÃO MOTTA (Questão de Ordem): Sr. Presidente, pergunto se a Mesa já respondeu à
Questão de Ordem do Ver. Leão de Medeiros?
O SR. PRESIDENTE: Sim.
O SR. JOÃO MOTTA: Eu adgendaria a esse processo de Questão de Ordem a seguinte pergunta: qual a situação concreta desse convite formal feito
pelo Executivo à Câmara Municipal, via Comissão de Finanças – este é o informe – enfim, qual a
situação?. Se já há manifestação ou não,
se houve avaliação; e, segundo quando,
há quanto tempo é do conhecimento da Câmara esse convite?
O SR. PRESIDENTE: Ver. João Motta, a Mesa desconhece a avaliação ou
resposta. De qualquer maneira, este Presidente não assinou nenhum documento dirigido à Prefeitura com qualquer
manifestação da CFO.
O SR. JOÃO MOTTA: Mas eu mantenho a informação. V. Exª, Sr. Presidente, então me passou a
informação errada.
O SR. PRESIDENTE: Ver. João Motta, a Mesa desconhece. Essa é a
informação. A Mesa não dialoga com V. Exª em primeiro lugar. A Mesa lhe dá uma informação,
respondendo a sua Questão de Ordem. A Mesa desconhece a resposta da CFO. O Ver. Lauro Hagemann é o Presidente.
O SR. JOÃO MOTTA: Então, “desconheço” É o que V. Exª acabou de dizer.
É a resposta única e
possível.
O SR. PRESIDENTE: É a sua decisão, Ver. João Motta.
O SR. JOÃO MOTTA: Não, em razão de uma mal-informação de V. Exª.
O SR PRESIDENTE: Não é mal-informação, é a informação que o
Presidente possui. A Mesa não dialoga com V. Exª.
O SR. LAURO HAGEMANN (Questão de Ordem): Sr. Presidente, gostaria de
esclarecer, dizendo que a CFO da Câmara está realizando também no seu âmbito internoas
reuniões sucessivas, todas as
quintas-feiras, para esclarecer a questão do IPTU, em nível da Câmara Municipal. Não participa da
Comissão do Executivo, embora tenhamos acompanhado os trabalhos lá realizados, mas de forma extra-oficial. A CFO não está participando da Comissão do Executivo.
Essa era a resposta que devia.
O SR. PRESIDENTE: Eu acho que o esclarecimento do Ver. Lauro Hagemann responde, Ver. João Motta, à sua Questão de
Ordem. Eu acho que assim vem o motivo pelo qual a Mesa não lhe informou mal. A Mesa deu a
informação que
possuía.
O SR. ISAAC AINHORN (Questão de Ordem): Como esse assunto tem sido extremamente polêmico, solicito a concessão de
exatamente uma cópia desse momento da informação de V. Exª, constantes das notas taquigráficas.
O SR. PRESIDENTE: Ver. Isaac, tanto quanto como Vereador ou como Presidente, a ordem explícita deste
Vereador à taquigrafia
é de fornecer a qualquer pessoa toda e
qualquer cópia solicitada. Documento da Casa é sempre público, na visão deste Vereador, não há nenhum óbice. Basta a V. Exª requerer à taquigrafia.
Manifestação do Ver.
Décio Schauren na Liderança do PT.
Queremos registrar a presença do Prof.Profº Luiz Miranda, que igualmente representa a ADURGS.
O SR. DÉCIO
SCHAUREN: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, representantes da
ADURGS, Profª Marta, Prof.Profº Luiz Miranda. Em primeiro lugar, o apoio da Bancada do Partido
dos Trabalhadores à luta dos professores da Universidade Federal do Rio Grande
do Sul e dos
professores das Universidades Federais, e
também o apoio ados
servidores das uUniversidades em greve. É preciso dizer que a política do ensino
superior do Governo Collor mais uma vez foi elaborada tendo como norte a privatização do ensino do Terceiro Grau.
Mas a proposta do Ministro Chiarelli vai mais
longe do que isso:
essa proposta ignorou todas as questões havidas anteriormente em diversos
setores sociais na Universidade, inclusive ignorou os preceitos da Constituição de 1988 e o próprio Projeto de
Diretrizes e Bases em fase final de tramitação no
Congresso Nacional, conforme denunciou o reitorgistro da
Universidade Federal Fluminense. A à tentativa de tornar pago o ensino nas uUniversidades pPúblicas é uma imposição do Banco Mundial para
fechar acordo econômicos. Para o Banco
Mundial os países subdesenvolvidos devem aplicar os recursos para a educação
apenas do ensino fundamental. E qual a
tática do Governo Federal para privatizar o ensino superior? É: é desestruturando
a uUniversidade pPública e
gratuita, não lhe dando recursos mínimos necessários para o desenvolvimento do
ensino, da pesquisa e da extensão. O
sucateamento progressivo a que foi submetida aà uUniversidade
pPública nos últimos anos produziu efeitos
devastadores: laboratórios sem as menores condições,
prédios que chove dentro, equipamentos ultrapassados e deteriorados, bibliotecas carentes de uma bibliografia mais atualizada e só na UFRGS, mais de 2 mil periódicos sem renovação. E, ao lado
disso, os salários dos docentes, pesquisadores e servidores estão sofrendo um
arrocho salarial insuportável por parte do Governo. Desde o início do
Governo Collor, por exemplo, os reajustes salariais acumulados não chegam a
400% para uma inflação
acumulada mais de 2 mil por cento. Sem dúvida que isso começa a provocar uma
evasão dos melhores quadros de nossas uUniversidades fFederais
e também começa a estigmatizar a uUniversidade
de ineficiente, transformando-a de vítima em vilão. A lado disso, o Governo incentiva uUniversidades privadas, agraciando-asse com
recursos públicos, no mesmo tempo em que alega não ter recursos para a uUniversidade pPública. O que o Governo quer é elitizar elitizar o ensino superior para
atrelá-lo, cada vez mais, a um modelo excludente de desenvolvimento. Em
1960, nós tínhamos
mais de 60% das
matrículas em escolas públicas. Em 1980, 20 anos de pois, apenas
38%,
em escolas públicas. Em 1990, nós chegamos apenas com 21% em escolas públicas.
Então a concepção do Ggoverno
é de que a educação é uma mercadoria e que deve ser vendida, desprezando a
inserção global doe
fenômeno educativo na sociedade. A Universidade paga pouco e pouco produz em
termos de pesquisas. Ao nível de doutorado, por exemplo, apenas 2% da pesquisa dá-se dá na uUniversidade
privada e, na verdade, são as uUniversidades
pPúblicas
fFederais
que, apesar de tudo, têem
sido as responsáveis pelo progresso da ciência, da cultura e da tecnologia em
nosso País. Para concluir, nós queremos dizer que essa política deliberada do
Governo seja combatida tanto aqui nesta Casa, como seja denunciada para a
sociedade, para que se possa reverter esse quadro que acontece em detrimento da
educação global, em detrimento de formação dose recursos humanos,
em detrimento da pesquisa e da produção da tecnologia em nosso País. Nós
queremos, finalmente, dizer que a Comissão de Eeducação da Câmara, à qual eu pertenço, está aberta também
para este debate. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. WILSON
SANTOS: Eu, evidentemente, que,
elegantemente, que, educadamente, vou aceitar, antes das
Llideranças, mas quando eu fui à Mesa
requeri Liderança, estava inscrito apenas o Ver. Décio Schauren pelo PT.
O SR. PRESIDENTE: Informa o Sr. Presidente, Ver.
Wilson Santos, que trocou a ordem, eis que o Ver. Lauro Hagemann vai falar
sobre o mesmo tema.
O SR. OMAR FERRI (Questão de Ordem): Tem um pequeno problema no meu
gabinete, eu
vou demorar de 10 a 20 minutos. Eu solicitaria ao Ver. Lauro Hagemann que se expressasse
também emem nome do Partido Socialista Brasileiro. Obrigado.
O SR. PRESIDENTE: Registrada a Questão de ordem.
O SR. WILSON SANTOS (Questão de Ordem): Só para registrar. Está superado
este leve impasse.
O SR. PRESIDENTE: Aa Mesa registra e agradece a Questão
de Ordem elaborada por V. Exª. Com a palavra o Ver. Lauro Hagemann.
O SR. LAURO HAGEMANN: Sr. Presidente, e Srs. Vereadores, especialmente a menção
especial aos
dois professores que representam a Associação dos Docentes da Universidade, Profª
Marta e Prof.Profº Luiz Miranda. O
mínimo que esta Casa deve fazer é se associar à luta dos professores da
Universidade. A Profª Marta já referiu muito bem no seu discurso que o
beneficiário direto, maior, das atividades da Universidade é a Ccidade de Porto
Alegre. E, talvez, não seja por outra razão que a Universidade teve início
justamente aqui nesta Cidade com o nome de Universidade de Porto Alegre,
depois, ela foi transformada em Universidade do Rio Grande do Sul. Então, há um a
última relação entre a cCidade
de Porto Aleelgre e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul. E nada mais
justo que a representação política da Cidade, consubstanciada por esta Casa, se
alinhar às reivindicações dos professores s da Universidade. Nós temos que
contrariar, de todas as maneiras possíveis, a visão
estrábica que tem o conservadorismo, a classe dirigente brasileira em relação àa uUniversidade,
principalmente no momento atual. A uUniversidade
é o repositório do processo de civilização; é ela motor que empurra a sociedade
para frente; é ela que guarda a memórialhor histórica; é ela que promove o desenvolvimento; é ela que
fomenta a pesquisa; é ela que prepara novas gerações para a vida que vem aí; é ela que vislumbra o
futuro. E nós não podemos conceber
como alguém responsável
pelos destinos deste País possa praticar atos deliberados de destruição desse
bem fundamental para o homem. É impressionante a desfaçatez dos nossos
governantes, alinhados a uma onda neoliberal, que de neoliberal não tem nada, é
o mais puro ranço
conservacionista que se conhece empurrando toda
uma sociedade para um canto da história! Infelizmente,
o nosso País, hoje, atravessa uma série crise financeira, dependente, PpPaís de terceiro mundo, que está de
quartotro mundo já, todos os nossos índices de desenvolvimento estão
caindo vertiginosamente, e num setor fundamental para tirarmos o País dessa
situação, que é o universitário, que é o ensino, o terceiro grau, que nós
estamos assistindo a episódios dessa natureza. Não se diga que isso é só
vontade do Governo Collor; isso já vem de outros tempos. É toda uma visão de
mundo que se coloca diante de nós como uma tentativa de retroceder nesse
processo de aprendizado, de avanço. Por isso, meus meus caros professores, é com lástima que registramos mais uma
tentativa, porque estes ciclos periodicamente acontecem e eu já vivi muitas
vezes situações parecidas; mas o mínimo que se pode fazer é resistir. E quem,
tem que resistir é a sociedade como um todo, e vocês têm essa tarefa. Em boa
hora,
esta Ccasa
instituiuistiu a Tribuna Popular, que é a possibilidade de manifestação dos
variados segmentos da sociedade de virem aqui a esta Ttribuna
expressarem o que estão pensando e o que estão passando. Eu volto a dizer: esta
Casa cumprie r o mínimo
dever de se alinhar ao lado dos professores, dos funcionários da Universidade
neste instante de apertura, para que chamemoseguemos a atenção dos responsáveis lá em cima, mas de toda a
sociedade, que a ela cabe a manutenção desta instituição fundamental para o ser
humano.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Suspendemos a Sessão por um
minuto, para as despedidas, agradecendo as presenças da Profª Marta Roessler e
do Pprofº.
Luiz Miranda.
(Suspendem-se
os Os trabalhos foram sustrabalhospensos às 10h28min.)
(Às 10h29min o Sr. e Airto Ferronato reassume Presidência os trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Airto Ferronato – às 10h29min): Estão reabertos os trabalhos.
Tempo de Liderança com o Ver. Wilson Santos pelo PL.
O SR. WILSON SANTOS: Sr. Presidente, Srs. Vereadores,
a situação doe
um
esbulho de uma área de domínio público na frente do Aeroporto é
impossível de ser convivida com o Poder Legislativo. Eu trago, e eu formalizo
esta denúncia aos meus Pares, a esta Casa, depois de ter percorrido um processo
que se iniciou no dia 22 de novembro de 1990, quando eu fiz um Pedido de
Informações ao Pprefeito
de Porto Alegre. Onde eu pedia a confirmação de que: se a área na frente do
Aeroporto Salgado Filho é área verde; se a denominação é Carlos Rauhl, quem deu
o nome a esta Praça, quem era o Pprefeito; se existe contrato de
comodato; se foi aberta licitação; uma série de detalhes. Eu quero resumir aos
Srs. Vereadores que eu recebi a resposta, assinada pelo Prefeito Olívio Dutra,
em 1º de fevereiro, que diz o seguinte: “Eem atenção ao
Pedido de Informações nº 233, Ver. Wilson Santos, informo que a Praça
Comandante Carlos Rauhl recebeu a sua denominação através da Lei nº 1480, do
ano de 1955, sendo Prefeito, na época, o Ver. Martin Aranha. Quanto aos demais
quesitos, encaminhei à Procuradoria Geral do
Município”. Eu insisti, em Ofício de 26 de fevereiro, eu insisti. E o
Secretário Luiz Viana Moraes, da SMIC, respondeu o meu Ofício dizendo que tinha mandado fazer
uma investigação e diz o seguinte: “Eem vistoria
no local, foram constatados dois estacionamentos em cima de uma área verde. O
primeiro, exclusivo dos funcionários da INFRAERO, da Varig, e do Aeroporto. Tratando-se de estacionamento pago, porém,
não aberto ao público”. Então, é uma comercialização interna. Quem está
recebendo os recursos deste esbulho e de uma área
pública? O segundo estacionamento a razão social é Multiparque – Administração
de Estacionamento e Garagem Ssociedade
Civil LtdaTDA. . Foi notificado, em
26 de fevereiro, sob o nº 18351. O Secretário da SMIC deu o prazo de 72 horas para ade apresentação de alvará. Não tem nem aAlvará a
exploração econômica daquela área pública. E se cobra, por 2 horas, Cr$ 310,00,
seis horas, Cr$
460,00; a diária Cr$ 930,00. A média de veículos é de 800 veículos por dia, exceto
sábados e domingos, que vai para mais de 1200 veículos
naquele estacionamento. No mínimo, a grosso modo, há um faturamento de Cr$
7.000.200,00 em cima de uma área de domínio público; é um pPraça e essa pPraça foi
transformada num estacionamento, num comércio, numa ação altamente rentável. Eu estou
exigindo do Executivo a Reintegração de Posse, já. Já que não
fizeram, o Poder Público não fez, a Ação de Nunciação de Obra pela
Procuradoria Geral quando da construção. Não fez a Ação Judicial de Reintegração
e, mesmo notifciicado por estea Vereador, o Governo Municipal está
de braços cruzados. Nós vamos fazer a devida responsabilização, porque nós
temos obrigação, como representantes populares, de cumprir a lLei, não
deixar que se perverta a lLei,
e que se desrespeite a população. Aquela é uma área dominical, é uma área de
domínio público.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Questão de Ordem com o Ver.
Vicente Dutra.
O SR. VICENTE DUTRA (Questão de Ordem): Eu requeiro que seja baixada à
Auditoria da Casa a questão levantada pelo Ver. Wilson Santos, tendo em vista
também que um Projeto de Lei votado nesta Casa, por unanimidade, dando a
denominação de L. Schimitt a uma Esplanada daquela Avenida que passa na frente aodo aAeroporto, contou com o veto da
INFRAERO, dizendo quer aquela área pertence à INFRAERO e, portanto, não poderia receber
denominação. Eu, aproveitando, ia fazer por escrito, mas já que V. Exª
provoca o assunto, eu requeiro que esses dois assuntos sejam examinados para
ver da legalidadezação da pPraça,
do estacionamento e também dessa questão da L. Schmitt.
O SR. PRESIDENTE: Recebi a Questão de Ordem.
Informamos a V. Exª, que a matéria será encaminhado à
Auditoria.
O SR. WILSON SANTOS (Questão de Ordem): Acredito que o uso do cachimbo
está deixando com a boca torta, atéa te porque o pessoal da imprensa,
que tentou investigar isto, seguranças da INFRAERO, de maneira arrogante,
impediram...
O SR. PRESIDENTE: Não é Questão de Ordem.
O SR. WILSON SANTOS: Estou, justamente
mostrando que é grave e para dar força ao pedido do Ver. Vicente Dutra, porque
é área de domínio público e já se arvora a INFRAERO de dona daquela área. E é lLei mMunicipal, e
temos obrigação com a lLei
mMunicipal.
O SR. PRESIDENTE: Está registrada a intervenção de
V. Exª, mais uma vez, ratificando que
não se trata de uma Questão de Ordem.
O SR. PRESIDENTE: Liderança com o PDS, Ver. João Dib.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, ciente e Srs. Vereadores, desejaria ter falado enquanto os
professores aqui estavam, houve um mal-entendido e não foi possível. Mas, de qualquer forma, será dito agora. É Eestranho a falta de coerência do PT e do PCB, que não dão solidariedade
aos municipários e dão solidariedade aos
professores. Sem dúvida nenhuma, o professor é a figura mais importante da
sociedade. Merece toda a nossa compreensão,
o nosso carinho, a nossa atenção. Mas é estranhável que no momento em que sou vitrine querem me jogar pedras, e no momento que
não sou vitrine jogo a pedra.
Então, o PT e, o PCB não assinaram o documento
das Lideranças ao Prefeito.
Mas também não assinaram contra, diz o Ver. José Valdir. De
qualquer forma, é uma
incoerência se apoiamos o posicionamento dos professores que pedem reposição
salarial.
Até diria que houve um pouco de exagero dos professores,
porque o Governo não
teria condições de pagar perdas do Governo Sarney, referentes ao Plano Bresser,
que: daria uma reposição salarial
de 700%,
com juros e correção
monetária, retroagindo. Portanto, não tem Governo que agüente isso. Agora, os municipários estão
pedindo, e esta Casa disse que os municipários têm razão para receber, 53%, apenas isso. Porque os municipários têm
sido atentos, assim como esta Casa, aos reclamos dos municipários.
Então, estamos
estranhando esta falta de coerência, quando se apóia o professor que pede quase
700% de reajuste, mais juros e correção, e não se
assina um documento onde os municipários tiveram reconhecido os
seus direitos nesta Casa. E por falar neste documentomomento, e nos municipários, as Lideranças
da Casa, com exceção de três, estavam
pretendendo fazer oficialmente a entrega deste documento ao Sr. Prefeito. Esta foi a nossa intenção. Mas parece que na
condução, nos acertos para a entrevista, houve um mal-entendido, e as Lideranças que assinaram seriam recebidaos pelo Secretário, na Secretaria do Governo. Então
as Lideranças, que haviam solicitado um encontro com o Sr. Prefeito, dois poderes iguais, a Câmara Municipal e
o Executivo, se encontrariam e o Sr. Prefeito daria
a sua determinação ao Sr. Secretário. E, como isso não é o que vai ocorrer, posso dizer, em nome dos Vereadores Nereu D’Ávila,
Luiz Braz, e deste Vereador, que não iremos; imagino que os demais Vereadores, e não tivemos a oportunidade de
consultar, diriam a
mesma coisa, nós não iremos àá
reunião com o Secretário,
porque não foi o que pedimos. Não estamos
fazendo nenhum revide, nenhuma acusação. Sabemos que
parece ter havido um mal-entendido. E,
desta forma, pretendemos que o Sr. Prefeito nos receba ou, então, teremos que
tomar outras providências, outras medidas. Temos é que ser recebidos pelo Sr. Prefeito, não
pelos Secretários,, por mais respeito que nos
mereçam, porque
sempre nos demonstraram muita atenção, mas somos um poder, e lá está o outro.
Queremos igualdade de tratamento, temos tido toda a educação e atenção com o
Executivo, queremos a mesma coisa.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver.
Airto Ferronato, em tempo de Liderança, pelo PMDB.
O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, e Srs. Vereadores, aproveitando as palavras do Ver. Wilson Santos e, analisando algumas notícias divulgadas nos jornais
da CCapital gGaúcha, hoje, aproveito para, num rumo,
dizer: o “Jornal do Comércio” diz: “falta de apoio aos nossos melhores bares e
restaurantes, críticas
e elogios,
na I Semana de Turismo”.
“Zero Hora”: “a sinalização turística de Porto
Alegre é das piores do Brasil; afinal Porto Alegre atrai ou não turistas”?”; “Os cemitérios são Miguel e
Almas e João XXIII fazem parte dos roteiros”. Na página 1, da “Zero Hora”, o professor Bellomo dá aulas sobre o início do século, a partir dos túmulos” e assim outra informações.
Na oportunidade de falar a respeito do PProjeto que apresentei sobre os cemitérios, quero, hoje, fazer um resumo
sobre o Projeto que dispõe sobre a adoção dos acessos da Capital para fins
estéticos e paisagísticos. No momento em
que os Poderes Públicos e as entidades privadas promovem a Semana do Turismo para debater alternativas que possibilitem o
incremento de divisasívidas
para o Município através dessa atividade, cabe a adoção de certas medidas, simples, porém imprescindíveisl para a obtenção de resultados positivos nesta
área.
Todos sabemos das dificuldades enfrentadas pelo Executivo no atendimento dos múltiplos problemas existentes na Cidade.
Esta realidade determina a execução dos serviços
prioritários em detrimento de outros, menos “urgentes”. Como é o caso do
ajardinamento e conservação das principais entradas da Capital e sinalização e divulgação dos seus pontos
turísticos, aspectos fundamentais para o seu desenvolvimento
de uma política de turismo.
O Projeto de Lei Complementar, que ora encaminho
aos meus Pares, prevê justamente o preenchimento destas lacunas verificadas até o momento, mediante a participação da iniciativa
privada que, em troca
de publicidade, resguardada a legislação quanto à poluição visual em vigor, assumiria a execução e
manutenção daquelas medidas.
Uma Cidade que pretendae assumir suas particularidades turísticas precisa adotar mecanismos que a
tornem atraente. Seu embelezamento e sinalização, apesar de parecerem aspectos
elementares, são relevantes dentro desta
perspectiva. A adoção destes serviços por parte dapela iniciativa
privada viabilizará maior rapidez e eficácia na implementação destas medidas.
Por sua vez, entendo imprescindível que os Poderes Públicos promovam campanhas publicitárias divulgando
as potencialidades turísticas do Município, inclusive aos Porto-alegrenses que
as desconhecem.
(Não revisto pelo Orador.)
Passa-se à
PAUTA –
DISCUSSÃO PRELIMINAR
1ª SESSÃO
PROC. Nº 1459/91 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº
108/91, de autoria
do Ver. João Dib, que denomina Largo PM Valdeci de Abreu Lopes um
logradouro público,
no Bairro Santa Cecília.
PROC. Nº 1460/91 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 024/91, de autoria
do Ver. Cyro Martini, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito ao Sr. José Manito.
PROC. Nº 1374/91– PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 028/91, de autoria do Ver. Airto Ferronto, que acrescenta parágrafo único ano artigo 45 da Lei Complementar nº 170, de 31 de
dezembro de 1987.
PROC. Nº 1238/91 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 087/91, de autoria
do Ver. Clóvis Brum, que autoriza a criação do Sistema Municipal de Empregos – SIME e dá outras providências.
PROC. Nº 1289/91 – PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO
Nº 092/91, de autoria do Ver. Clóvis Brum, que faculta o funcionamento do
comércio aos domingos e feriados, operando pelos seus próprios proprietários e
familiares, alterando a Lei nº 6721, de 21 de novembro de 1990 e dá outras
providências.
2ª SESSÃO
PROC. Nº 1223/91 – PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO Nº 084/91, de autoria do Ver. Isaac Ainhorn, que institui monumento de caráter histórico-cultural em
homenagem a João
Belchior Marques Goulart e dá outras providências.
PROC. Nº 1378/91 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 101/91, de autoria do Ver. Elói Guimarães, que denomina Rua Cel. Ricardo Leal Kelleter um
logradouro público no Bairro Rubem Berta.
PROC. Nº 1439/91 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N° 012/91, que autoriza a Fundação de Educação Social e
Comunitária – FESC a abrir créditos adicionais no valor de Cr$ 62.774.663,25 e
dá outras
providências.
PROC.
Nº 0206/91 – SUBSTITUTIVO Nº 001/91, de autoria do Ver. Clóvis Brum ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 014/91, de autoria do Ver. Mano José, que torna
obrigatória a instalação de cintos de segurança nos veículos licenciados para operar no Serviço de
Transportes Escolar e dá outras providências.
PROC.
Nº 0850 - SUBSTITUTIVO Nº 001, ao PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO Nº 049/91, ambos
de autoria do Ver. Elói Guimarães, que acrescenta parágrafos 1º e 2º, artigo 7º da Lei nº 5891/86,
que estabelece Metodologia para o Cálculo da Tarifas no Serviço de Transporte Coletivo por ônibus em
Porto Alegre.
PROC. Nº 1081/91 – SUBSTITUTIVO Nº 001, ao PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR
DO LEGISLATIVO N° 066/91, ambos de autoria doo V Ver. Edi Morelli, que estabelece prioridade de atendimento, em todas
as repartições
públicas municipais, estabelecimentos bancários e comerciais, às pessoas idosas e, às portadores de deficiências físicas e gestantes.
3ª SESSÃO
PROC. Nº 1160/91 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N° 074/91, de autoria do Ver. Clóvis Brum, que denomina Rua Marechal José Machado Lopes um logradouro público, no Bairro Jardim Sabará.
PROC. Nº 1023/91 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 063/91, de autoria do Ver. Elói Guimarães, que denomina Jardim Floresta a atual Vila Floresta.
PROC. Nº
0924/91 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N° 051/91, de autoria do Ver.Omar Ferri, que obriga o Município a implantar
recuo do meio-fio do canteiro central da Av. Ipiranga e dá outras providências.
PROC. Nº 1351/91 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 018/91, de autoria do Ver. Jaques Machado, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito ao
Sr. Ruben Eugen Becker.
PROC. Nº 1365/91 – PROJETO DE
RESOLUÇÃO Nº 020/91, de
autoria dao Verª
Letícia Arruda, que estabelece data para
comemoração do Dia Internacional da
Mulher, pela Câmara Municipal de Porto Alegre.
PROC. Nº 0724/91
- PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 043/91, de autoria do Ver. Vicente Dutra, que autoriza o Executivo Municipal a
criar Defensoria Pública
e dá outras providências.
PROC. Nº 2368/90 – PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVOº 163/90, de
autoria do Ver. Leão de Medeiros, que possibilita a fiscalização pelas Bancadas
Parlamentares, com representação na Câmara Municipal, dos atos de concorrência pública de iniciativa do Poder
Executivo Municipal.
PROC Nº
1350/91 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 011/91, que autoriza o Executivo
Municipal a abrir crédito especial no valor de Cr$ 300.000,00 e dá outras providências.
PROC. Nº 13275/91 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº
021/91, de
autoria do Ver. Luiz Braz, que concede o Prêmio Literário “Érico Veríssimo” à Senhora Maria Elisa Carpi
Nejar.
O SR.
PRESIDENTE (Airto Ferronato): Solicito
ao Ver. Wilson Santos que assuma a Presidência dos trabalhos para que este
Vereador possa fazer o uso da tribuna.
(O Sr. Wilson Santos assume a Presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Wilson Santos): Para
discutir, com a palavra, o Ver.
Airto Ferronato.
O SR.
AIRTO FERRONATO: Sr.
Presidente, e Srs. Vereadores, venho ocupar a tribuna para expor
um Projeto de minha autoria. Nós temos
em Porto Aleelgre, dentro
do Direito, a instituição de tributos, das taxas e das tarifas do Município, em que o
contribuinte sequer fica sabendo qual é o seu consumo, o seu custo, o seu
encargo mensal. Com referência ao DMAE,, um edifício, com um único medidor, recebe a conta de água apenas
uma vez, que é
dirigida ao síndico do prédio. Eu entendo que nós devemos pagar tributos,
tarifas e uma série
de outras contribuições públicas, porém, com as respectivas demonstrações do seu valor devido.
Uma série de possibilidades a esse respeito é possível. Apresentei um Projeto bem simples até mesmo para
que não onere o DMAE e nenhum órgão público, onde acrescento um parágrafo, no artigo 45, da
Lei Complementar nº 170, com a seguinte
redação: “no caso das habitações coletivas abastecidas através de um único ramal, o DMAE enviará a cada economia um
demonstrativo de consumo mensal do respectivo ramal”, o. Ou
seja, num edifico de 10 ou 50
apartamentos, o DMAE continua imprimindo a conta pelo total, porém encaminha a cada morador, a cada apartamento,
até porque este morador do apartamento é
o contribuinte de fato e de direito da taxa de d’água, ele encaminha um demonstrativo, até o mesmo demonstrativo, pode ser, onde faça constar
o valor total do consumo de água para o condomínio todo. Para quê? Para que o
contribuinte possa pagar aquele valor,
se tiverem 10 moradores ele divide por 10; se tiver 50 moradores, ele
divide por 50 e ele fica sabendo qual foi
o seu consumo real em termos de
cruzeiros/ de água.
O Sr.
João Dib: V. Exª permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Nobre Vereador, o contribuinte, o
munícipe não ficará sabendo qual foi o seu consumo e sim a sua parte a pagar. Isso mostra nas demonstrações, nos balancetes que os síndicos encaminham
mensalmente a todos os condomínios, que não lerem em geral, está lá dito, DMAE:
tanto.
O SR.
AIRTO FERRONATO: O que
ocorre é o seguinte:
na verdade o condomínio, e, hoje, inclusive, está se procedendo no DMAE de uma
forma bastante interessante e até um tanto quanto exagerada na minha visão, ou
seja, que as contas podem sair antecipadamente, antes do final do mês, já saiu a conta a pagar com uma estimativa de
valor. Nós entendemos que o contribuinte da água, ele, quando é que vai receber
aquele balancete mensal, se recebe, vai receber, no mínimo, no mês seguinte ao
vencimento. E, na minha visão,; não
há acréscimo de custo,
praticamente nada, este envio ao contribuinte de fato do valor total da água
consumida. Eu concordo com V. Exª, nós não estamos pretendendo fazer em termos de quantidade
consumida, até porque o próprio demonstrativo gera isso. A nossa visão é esta aqui, ou se
daria a cada condomínio
a sua parcela de taxa devida, ou seja, se o condomínio consome Cr$ 10.000,00 e
nós temos 10
moradores, seria mil cruzeiros para cada um, encaminhado a cada condômino. Ou encaminha a
conta no seu valor devido, ou encaminha a conta no seu valor total e, e com isto o
contribuinte pode ter o documento que comprova qual o gasto mensal de todo o
condomínio e sabe,m
também, por divisão qual a parte que lhe
toca. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Próximo
orador inscrito é o Ver. José Valdir, que desiste. Com a palavra, o Ver. Clóvis Brum.
O SR. CLÓVIS BRUM: Sr.
Presidente, e Srs. Vereadores, quero agradecer ao Ver. José
Valdir que oportuniza este Vereador que, rapidamente, teça algumas considerações sobre o
Processo nº 1238/91 que autoriza a
criação do sistema Municipal de Emprego – SINE e dá
outras providências. O que queremos, na realidade, com esta proposta é criar
mecanismo na área do Município capaz de
tornar mais fácil a busca de emprego pelos nossos trabalhadores, face ao grave
problema de desemprego na Região Metropolitana e que assola fundamentalmente Porto Alegre. Propomos
com este mecanismo uma busca e uma maneira de facilitar a que o trabalhador
tenha através da Administração Municipal encaminhamento e até 2 ou 3 vales-transportes, aí,
para que o trabalhador consiga chegar ao local onde há estaestá à pretendida
vaga.
Com
relação ao Processo nº 206/91, fl. 5, apresentei um Substitutivo ao Projeto do
Ver. Mano José que mantém o problema do cinto de segurança, quanto ao transporte escolar,
mas agregas outras obrigações, por exemplo à troca de unidade extintora de incêndio de 1 kg, que não tem a menor eficácia diante do sinistro, por uma unidade extintora de 4 kg. Também obriga o
proprietário e o motorista particular que realizeam cursos básicos de combate a incêndio, e primeiros socorros de combate a incêndio, no caso de veículos, e primeiros
socorros, cuja documentação deve ser
apresentada a SMT. Mas, fundamentalmente, com estas obrigações, nós também
procuramos outros
objetivos: resgatar um salário com mais dignidade para o
motorista. Hoje o motorista do transporte escolar ganha aproximadamente 23 mil
cruzeiros. É uma vergonha!
O Ver. Ervino Besson afirma,
anti-regimentalmente, que ganha mais. É claro que eu sei que o Ver. Ervino Besson vai ter que ler um pouco sobre este assunto para me dar um aparte um pouco mais contundente,
porque este assunto, realmente, eu conheço e examinei. O motorista está comendo é o veículo, Vereador, porque o
motorista de táxi, o motorista do transporte escolar, como não têm uma
infra-estrutura e condiçõesão de pagar bons assessores, o seu sSindicato, as suas eEntidades, não estão avaliando a metodologia de cálculo. Então, o motorista de táxi não sabia
porque não conseguia renovar o seu táxi. Envelhecia o seu táxi e ele não tinha que trabalhar de pedreiro ou
passar a ser empregado. Por quê? Porque ele estava comendo a depreciação. O
salário de motorista de táxi também e de 23 mil cruzeiros. Mas isso é salário? Como esta gente estava vivendo?
Da depreciação dos seus veículos. Passados 5, 6 anos, o motorista do
transporte escolar, ou o motorista do táxi convencional, tem que fazer o quê? Tem que mudar de profissão,
porque envelheceu o carro e não renovou. Ele está comendo a depreciação, ele está comendo o
veículo. Uma proposta do Ver. Elói Guimarães, de feliz oportunidade, uma Emenda
do Ver. Adroaldo CorreaCorrêa , resgata o problema do taxista, dá a ele um salário de
motorista do transporte coletivo. E é o mínimo. Qualquer destes motoristas, tanto do táxi
convencional, ou do táxi lotação, como do transporte escolar, ou do próprio
transporte coletivo, transportam uma carga preciosíssima, vidas humanas. Então, a
proposta do Ver. Elói
Guimarães, agora substanciada pela oportuna Emenda do Ver. Adroaldo CorreaCorrêa , resgata o salário de motorista de táxi. E nós,
neste Substitutivo,
além de aplicar medidas mais enérgicas quanto àa segurança das crianças, também procuramos
resgatar, Ver. Ervino Besson, o salário
do motorista do transporte coletivo, porque ele estava, na verdade, vivendo dae depreciação. Ele estava comendo a depreciação. E,
finalmente, Sr. Presidente, em 3º Sessão de Pauta, um Projeto despretensioso, é verdade, mas que pretende
resgatar a imagem do cidadão rio-grandense, concedido o Título de Cidadão Honorífico em
1962:; Marechal José
Machado Lopes. Ora, quem não conheceu o
Marechal Machado Lopes?
O Sr. Isaac Ainhorn (Aparte
anti-regimental do Ver. Isaac Ainhorn.): General.
O SR. CLÓVIS BRUM: O Ver. Isaac Ainhorn é o único
que não poderia me dar este aparte anti-regimental, porque ele sabe que nos momentos
mais difíceis da democracia neste País foi o grande Marechal Machado Lopes que comandou a resistência democrática nesse País. E hoje estamos propondo em 3ª Sessão de Pauta de um Projeto para denominar uma rua em
homenagem a esse eEminente mMilitar
e a esse exemplar amante da democracia que soube, num momento importante da
História desse pPaís, resgatar a democracia numa
posição, sem dúvida alguma, conceda a todos os Partidos homenagear esse eEminente Marechal José Machado Lopes, o Marechal da Legalidade. E, mais,
Sr. Presidente e Srs. Vereadores, é o
Marechal Machado Lopes que escreve uma página de heroísmo, uma página de ouro
na História não só da política
brasileira, mas, acima de tudo da cidadania e que, sem dúvida alguma, dignifica
muito em especial as próprias Forças
Armadas. Tanto é verdade que faleceu o Marechal José Machado Lopes, sempre
assediado por convites dos Governos Militares para que aceitasse posto, e o Marechal se recolheu não aceitando nunca
participar dos Governos Militares, talvez não por motivos políticos, mas fundamentalmente,
porque ele entendia ter cumprido a sua missão histórica, tanto nas Forças Armadas como no
processo democrático brasileiro.
O Sr. Isaac Ainhorn: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) É mais
do que oportuno o seu Projeto, sobretudo quando neste ano comemora-se 30 anos do Movimento da Legalidade. E
junto com essa figura extraordinária que foi o General Machado Lopes, eu
gostaria de registrar também que o General Osvino Ferreira Alves e, ainda,
outro grande defensor da legalidade democrática, General Landário Pereira Telles, todos
falecidos, A grande verdade é que o golpe que se tentou prepararerpetrar contra a democracia, em 1961,
infelizmente, em 1964, os golpistas de sempre, que estão prontos para tripudiar em cima da
democracia, deram o golpe, contrariando a
democracia, estabelecendo o golpe de 1º de abril.
O SR. CLÓVIS BRUM: Nobre Vereador, eu sou muito grato a V. Exª. Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, eu não deixaria de registrar, não num sinal de revanchismo, nem
numa posição
política. O meu Projeto não é uma revanche, não tem a marca do revanchismo,
apenas quer fazer justiça a um homem que, quando passou pelo Rio Grande do
Sul comandando o glorioso III Exército, soube com dignidade ficar fiel à Constituição. É verdade que ao
lado do Marechal da Llegalidade,
também estava o hoje Governador do Rio
de Janeiro, Engenheiro Leonel Brizola, a quem faço aqui uma referência oportuna e justa, porque entre os civis
estiveram ao lado da posse de João Goulart, comandava este movimento, o Engenheiro Leonel Brizola, e entre os militares, sem
dúvida alguma o nosso futuro homenageado, o cidadão rio--grandense
Marechal Machado Lopes.
O Sr. Elói Guimarães: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Quero me somar à iniciativa de V. Exª. V. Exª é um militar da
reserva.
O SR. CLÓVIS BRUM: Não, Senhor, não sou militar da
reserva, infelizmente me botaram para fora de lá sem direito a nada,, Vereador.
O Sr. Elói Guimarães: V. Exª que tem conhecimento das
normas, constantes apenas para constar dnos Anais: o tratamento Marechal, veja V. Exª, me
parece que o último Marechal foi o Mascarenhasrechal de Morais, parece que
de lá para cá, não há este posto de graduação no Exército.
O SR. CLÓVIS BRUM: Nobre Vereador, eu faço nobre o juízo de V. Exª
para não criar mais
confusão. É Marechal.
Estou dando apartes para os
“caras” que não entendem de militarismo, que
coisa!
Eu peço desculpas, peço a retirada da expressão
“caras”. Srs.
Vereadores, não é
Marechal, e foi o último comandante do grupamento da FEB, Marechal Machado
Lopes. E, aliás, a D.
Armandina, e a bem da verdade, o último Marechal, me parece, era Costa e Silva. Para concluir depois que a imprensa e o Ver. Elói terminarem a discussão,
gostaria de fazer nobre juízo de V. Exas, dizendo que Marechal Machado
Lopes é Marechal, recebeu o comando do grupamento da FEB, foi o último comandante do
grupamento da FEB, na condição de Marechal, e der por onde der, se é Marechal, e é Marechal, mas se é, ou não é,
não desmerecer
o seu grande momento de cidadão brasileiro, cidadão rio-grandense, de comandante
militar da resistência democrática de 1961, e por isso, a Casa vai dar a
homenagem. C, claro que eu sei que a Bancada do PDT está pisando em brasas quentes, porque não trata de
resgatar estas homenagens, e deveria ser a sua obrigação resgatá-las.
Obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRPESIDENTE: Ver. Adroaldo CorreaCorrêa .
O SR. ADROALDO CORREACORRÊA : Sr. Presidente, e Srs. Vereadores, creio que o último Marechal,
desta República, neste posto, sou apenas uma pessoa que estudou e viveu alguns
períodos históricos, Ver. Isaac Ainhorn, eu não sou especialista, creio que
foi o Marechal Artur da Costa e Silva,
então,
Ministro da Guerra. Quando
depois, na Presidência, ficou sendo o Ministro do Exército, o último posto era
General de três
estrelas, eé o correspondente a Marechal, transformou-se em General de
quatro estrelas. Não era esse o assunto que gostaria de tratar, na
Pauta, mas sim a iniciativa do Ver.
Nereu D’Ávila que propõe o cercamento do Parque Farroupilha,
para discutir a questão da segurança.
Creio que esta questão, e como preliminar vou ler uma notícia da “Zero Hora” pág. 18, de ontem, 13.06.1991, gostaria de ter feio o
registro ontem, e só por isso faço a discussão na Pauta, hoje, cujo trecho diz:
“Jornalista Negro ée espancado na BA
“O Jornalista Hamilton Vieira, repórter do Jornal “‘A Tarde’”, Salvador, conhecido pela militância na luta anti-racismo, foi preso terça-feira
quando comprava jornal em frente à sua casa ‘“por ter cara de ladrão’” segundo o Sargento PM Raimundo Alves Fontes, que
comandava os soldados que o abordaram. Vieira
que é negro disse que a prisão foi abertamente discriminatória.
Não adiantou tentar se
identificar. Foi
obrigado a se deitar no chão, debaixo de chuva e agredido a pontapés depois de
jogado no carro da PM, porque protestou e afirmou que ia denunciar o fato. Na delegacia para onde o
levaram, foi destratado e libertado a seguir. A prisão foi comunicada ao Secretário de Segurança,
Sérgio Habib. A Associação Baiana de Imprensa (ABI) e o Movimento Negro Unificado de Salvador
divulgou notas de protestos”.
Sr. Presidente, e Srs. Vereadores, é uma nota da Agência do Estado, reproduzida no jornal, em que o
cidadão com seus direitos, porque um agente da ordem suponhaõe que ele tenha a cara de ladrão,
talvez não estivesse usando gravata, porque muitoas
destas Repúblicas têm o colarinho branco, sabemos, e são acobertados pelo
Governo Federal, e nós sabemos, talvez por isso tenha sido espancado, detido, vilipendiado em seus direitos de cidadão,
além de ter sido destratado no registro
da ocorrência.
Então, para recolocar a
discussão em Pauta, perguntaria, na discussão posterior, e vamos ter bastante
tempo para discutir em Plenário, como se quer dar segurança a uma cidade
cercando apenas um pParque?
Não é aí que está a segurança. A
segurança está na consciência e na educação primeiro, dnos que devem cumprir a ordem que, ainda que injusta é a existente; luta-se para transformar a ordem
por todos os modos. Quando ela é iníqua, inclusive, pela violência justificada. Agora, se o agente da ordem é o agente da violência, aí nós estamos mal amparados. A cerca não é nada
mais do que um material de concreto para
estabelecer uma organização e um
funcionamento de uma área de determinado local. A cerca não é agente de
segurança, nem será, talvez até seja
agente de segurança na impossibilidade de se cruzar uma cerca mais velozmente
para uma fuga eventual de alguma ocorrência
que se esteve vivendo: ter-se-á que pular a cerca. Eu acredito que as
questões de segurança na Cidade de Porto
Alegre, assim como no País, não têem só
a pré-determianção
da situação econômica, da situação econômica do cidadão, embora tenha istosido como
elemento importante, mas tam bem tem a filosofia do agente de segurança, a filosofia do cidadão que não conhece o s eu direito e não se faz
respeitar, não luta para fazer respeitar um
componente importante.
O Sr. Nereu D’Ávila: V. Exª permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Vereador, eu lamento que V. Exª não traga a noticia publicada
hoje nos jornais e sim uma noticia publicada na Bahia, tão longe. Hoje, está sendo publicado no jornal que
um menino caiu no lago da Redenção, inclusive tendo que ser acionado os
bombeiros e outras autoridades para verificar se ele teria se afogado. Depois se constatou que o menino
apenas teria deixado a pasta perto e teria ido embora. Por isso houve a concom fusão. Com
isso mostra que, efetivamente, o Parque da Redenção continua sem a menor
segurança. Agora, não adianta discutir a
parte teórica quando,
na prática,
a teoria é outra. As informações oficiais que se tem da Brigada Militar é de
que janeiro até agora, portanto cinco
meses, só na Osvaldo Aranha foram constatadas 194 ocorrências entre roubo, estupro, assaltos. E
o que diz o comandante da Brigada? ...
O SR. ADROALDO CORREACORRÊA : Em que lado da Osvaldo Aranha?
O Sr. Nereu D’Ávila: O comandante da Brigada diz que na maioria dos assaltantesos não
foram presos porque se acoitaram, correram para dentro dos 37 hectares do
Parque da Redenção e, evidentemente, à noite, embrenhar-se naquele meio é impossível para a segurança de prendê-los. Aí eu me
surpreendo quando a
Associação do Bom Fim e outros que moram no Bom Fim e nas adjacências, porque serão os maiores
beneficiados com o cercamento. Porque
ora eu só uso este argumento.
O SR. ADROALDO CORREACORRÊA : É importante a preocupação de V.
Exª com relação a estar àquela área da Cidade próxima a um pParque não cercado, serve de abrigo a eventual foragido de perseguição. Agora, a
cerca não impediria, porque prisão de máxima
segurança deste País é fraudada por detidos que queiram fugir, e conseguem. A questão
não está na cerca
Vereador, tenho certeza, porque pular a cerca, pular um muro, vazar uma parede
é fácil. Ainda pergunto mais, sendo perseguido determinado foragido, cruzando
esta cerca para dentro do Parque, quem pulará a cerca para ir atrás
dele. Não dificultaria a entrada doe veículos da Brigada Militar, dae perseguição para encontrá-lo ali dentro? Esta é uma questão que tem que estar colocada
também. Porque se hoje sem cerca é abrigo, com cerca continuará sendo, porque
esta cerca, quantos
metros terá de altura para não ser vazada facilmente por
alguém que está em fuga, no desespero?
Se eventualmente, as pessoas fogem de lugares de máxima
segurança, pular uma cerca a céu aberto, deve ser alguma coisa fácil.
O Sr. Leão de Medeiros: Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu fico satisfeito com o
pronunciamento de V. Exª, porque parece que o PT está dando importância a este
tema tão polêmico e
reconhece que o problema é a ausência de policiamento e algum equipamento urbano
para auxiliar nesse policiamento. Vejo quea V.
Exª poder
até compactuar com a minha idéia que
antes de gastar, fazer gastos públicos gigantescos com o cercamento, é reforçar o policiamento que pode ser feito pela
Brigada Militar, com as suas reconhecidas deficiências, mas especialmente com o
reforço que a própria Administração do
Executivo Municipal pode-se
encarregar-se disso. Ontem, Ver. Adroaldo CorreaCorrêa , tivemos a formatura de 200
novos guardas municipais, e V. Exª com a sensibilidade que tem, pode calcular que um
efetivo desses, em
quatro turnos de trabalho, poderiam perfeitamente colaborar para que os
parques e jardins da nossa Cidade sejam melhores policiados. Acho que vou
contar com V. Exª neste meu Projeto em andamento na Casa.
O SR. ADROALDO CORREACORRÊA : A
figura do guarda-parque dentro de um Município é reconhecida universalmente. Acredito que seja uma ausência
da Cidade de Porto AelgreAlegre. Para concluir, eu gostaria de
voltar ao assunto com outras posições a respeito, só vim para citar um caso
relativo à questão de direitos, cidadania,
desrespeitasse pelo agente da obra. A pergunta ficaria: quem cuida o vigilante? Muito
obrigado.
(Revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Encerrada
a Pauta. Há “quorum”.
P, passamosr à
-á
ORDEM DO
DIA
VOTAÇÃO
PARECER
QUESTÃO DE
ORDEM - da Comissão de Justiça e Redação, referente à
Questão de Ordem formulada pelo Ver. João Dib - através do Processo nº 1385/91-, no sentido
de que não há impedimento legal à tramitação do Processo nº 003/91 (PLL nº 001/91 - que
estabelece a composição da despesa com pessoal, conforme o disposto no artigo
5º, § 1º, da Lei nº 6.611, de 06 de junho de 1990.) Formulada
pelo Ver. João Dib, através do Processo nº 1385/91,
a respeito da tramitação do
Processo 03/091 (PLL 01/91
– que estabelece a
composição da despesa com pessoal, conforme o disposto
no artigo 5º, § 1º, da Lei nº 6611, de 06 de junho de 1990.)
Parecer:
- da CJR, Relator Ver. Isaac Ainhorn, no sentido de que não
há impedimento legal à
tramitação do Processo nº 03/91 (PLL 01/91.)
O SR.
PRESIDENTE: Em votação Parecer
da CJR referente à
Questão de Ordem formulada pelo Ver. João Dib - através do Processo nº 1385/91.
CEstá com a palavra, para encaminhar o Ver.ê. Isaac Ainhorn.
O SR. ISAAC AINHORN: Sr.
Presidente, e Srs.
Vereadores, eu acho que foi em função deste Projeto que é de autoria do Ver.
João Dib, extremamente oportuna a Questão de Ordem por ele suscitada, porque, agora, nesta
oportunidade, dirime a controvérsia no próprio Projeto, inclusive o relatório da Comissão de Justiça resolve tranqüilamente
a Questão de tramitação do Projeto. E veja V. Exª que esse Parecer com exceção de um único Vereador, o Ver. João Motta que
votou contra, todos os outros Vereadores votaram favoravelmente ao presente
Parecer. Na realidade a Questão de
direito que levou a retirada de Pauta, da votação, no dia da votação desse
Projeto, foi uma questão fundamentalmente jurídica, que era que o Projeto
era meramente processual, de natureza regimental, que o Processo foi retirado
da Ordem do Dia
através do respectivo “mandamus” da autoridade judicial em função de que ele não estava incluído como aqueles
Projetos que entregaram a convocação extraordinária. A questão atacada não foi quanto à competência e a iniciativa do Ver. João Dib em apresentar
um Projeto cujo teor era exatamente o estabelecimento da composição
da despesa pessoal no âmbito da Administração Municipal. Então, nós entendemos, no
nosso Parecer, que havia competência do Poder Legislativo, do Vereador, em ter
a iniciativa nessa matéria. O Parecer que aprova diz: (Lê o Parecer ao
Processo nº 1385/91, referente à tramitação do Processo nº 003/91, PLL nº 001/91).) Em
face ao critério adotado pelo Executivo
de retirar o Projeto em razão de não constar da convocação extraordinária é que
nós entendemos que é livre a iniciativa do
Vereador, e da sua competência e o Projeto tem todas as condições de tramitar e esse entendimento que eu expus no
meu relatório foi ratificado, quase que por unanimidade, pelos Vereadores que compõe a Comissão de Justiça
da Casa, pelo Ver. Vicente Dutra, pelo Ver. Leão de Medeiros, pelo Ver. Elói Guimarães, pelo
Ver. Clóvis Brum, pelo Ver. Omar Ferri, com restrições. Então, eu entendo que o Parecer é um caminho correto
em relação a essa matéria, e, evidentemente, ele é muito importante para
definir um critério por parte desta Casa
em relação a essa situação. São estas as colocações. Desculpe, Sr. Presidente,
ter ultrapassado um pouco o tempo, mas
na condição de Relator até poderia ter usado segundo tempo, mas não quis
fazê-lo porque bastava para concluir.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Procedemos aos argumentos.
(Não revisto
pelo orador.)
O SR. GIOVANI GREGOL: Sr.
Presidente para fazer um Requerimento. Requeiro a verificação de “quorum”.
O SR. PRESIDENTE: Solicito
ao Sr. Secretário que proceda à chamada nominal para verificação de “quorum”.
O SR. 1º SECRETÁRIO: (Procede à chamada nominal.) Sr. Presidente, 14 Srs.
Vereadores responderam a chamada.
O SR. JOÃO DIB (Questão de Ordem): Sr.
Presidente, um registro da minha tristeza de ver que o PT retirou os seus
Vereadores do Plenário
para que não fosse votada uma matéria que diz respeito ao Projeto que entrou no
dia 02 de janeiro, nesta Casa, Agora, nNaa Tribuna Popular, foram lá dizer que apoiavam os
professores, mas esquecem de apoiar os
municipários que estão mais diretamente vineiculadosculados a nós.
O SR. ISAAC AINHORN (Questão de ordem): Sr.
Presidente, na mesma linha, na condição de Relator da matéria, tendo em vista o alto
interesse que esta matéria tem para os municipários e, sobretudo, pelo caráter moralizador da
norma que se está votando, em que os Vereadores têm até o
poder de apresentar outras alternativas através do Substitutivo, não o fizeram e se retirara m do Plenário. É profundamente
lamentável que nós assistaimos
a esta situação neste momento.
(Levanta-se
a Sessão às 11h37min.)
* * * * *
Há “quorum”. Passamos à
DISCUSSÃO GERAL E VOITAÇÃO SECRETA
PROC. Nº 2769/89 – VETO TOTAL AO PROJETOD E LEI COMPLEMENTAR Nº 025/89, de autoria do Ver. Leão de Medeiros, que dá
nova redação ao inciso II do art. 121 da Lei Complementar 133, de 31.12.85,
alterada pela Lei Complementar 186, de 12.12.88. (Reajuste mensal – servidores
municipais.)
Parecer:
- da Comissão Especial. Relator Verª Letícia Arruda: pela
rejeição do Veto Total.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão. (Pausa.) Em votação.
Encaminha o Ver. Luiz Braz.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. Eu vejo
que o número de Vereadores presente
em Plenário, neste instante, não é um número significativo suficiente para
derrubar o Veto e isso me preocupa, porque eu sou favorável ao Projeto do Ver.
Leão de Medeiros; sou contrário ao Veto aposto pelo Sr. Prefeito Municipal e
tenho aqui alguns números que
podem justificar esta minha atitude – aliás, não é somente minha, é também da
nossa Bancada, o Ver. Edi Morelli e este Vereador – alguns números que talvez
sejam novos para este Plenário, pelo menos eu não ouvi este números serem
citados no Plenário, mas que
podem inclusive orientar a própria votação do Projeto de aumento do
funcionalismo, que o Prefeito mandou para esta Casa. O ISSQN – eu conversava
antes com o Ver. Airto Ferroanto e posteriormente conversava com o Presidente
do Sindicato – o ISSQN
representa mais ou menos 25% da arrecadação do Município. No mês de dezembro, o
ISSQN esteve na casa dos 27 milhões. Neste mês de janeiro, nós temos uma
arrecadação de ISSQN na cerca de 45 milhões de cruzados. São números que eu
acabo de receber e que pode
nos dar uma orientação do que vai representar o recebimento da Prefeitura neste
mês de janeiro. Tem outro número aqui que é bastante significativo. O ITBI,
apenas num dos dias atrás... Eu tenho o ITBI até o dia 22 de janeiro: foi 12
milhões de cruzados. O ITBI
total do mês de dezembro foi de 9 milhões de cruzados, mas ainda temos oito
dias para completarmos o mês, porque esses dados aqui tem até o dia 22 de
janeiro, e só num desses últimos dias tivemos uma arrecadação do ITBI na cerca
de 4 milhões de cruzados só
num dia. No dia 17 rendeu para a Prefeitura 4 milhões de cruzados do ITBI. Isso
sem contar outros impostos significativos para a receita do Município no mês de
janeiro. Exceto entre esses impostos significativo o IPTU que, muito embora
represente cerca de 10 a 12%
na arrecadação geral, no mês de janeiro, e ele tem um comportamento
completamente diferente porque as pessoas procuram pagar antecipadamente para
poder ganhar as benesses oferecidas pela legislação... Então, nos meses de
janeiro e fevereiro,
normalmente temos uma arrecadação bem maior do IPTU do que acontece nos outros
meses. Só por isso eu diria ao Senhores que 158 milhões de cruzados, que
disseram que seria a folha de pagamento, estaria em muito superada pela
arrecadação do mês de janeiro.
Se não fosse isso suficiente, uma outra informação que também trago de pessoas
que mexem com a arrecadação, com a folha de pagamento do Município. Esses 158
milhões de cruzados já inseridos nesses e a antecipação de féria porque neste
mês muitos funcionários
públicos tiram férias e não recebem a antecipação de féria e colocaram neste
158 milhões de cruzados, também somadas, as antecipações de férias. É claro
que, se somar tudo. A gente sabe que as antecipações de férias são devolvidas.
Os funcionários recebem isso e
nos meses subseqüente eles devolvem isso para o Município. Então, de fato, isso
não significa um gasto. Isso na verdade vai ser reposto, e o Prefeito
Municipal, quando fornece os dados para a imprensa, quando fornece os dados
para a Câmara Municipal, ele
não entra nesses detalhes. Por isso mesmo somos amplamente favorável a que se
derrube o Veto aposto do Sr. Prefeito ao Projeto de Lei do Ver. Leão de
Medeiros e até faço uma solicitação neste final de encaminhamento para que os
outros Vereadores que se
encontram nos seus gabinetes venham para o Plenário para que possamos derrubar
esse Veto e posteriormente o outro Veto, que será colocado em votação, que o
Veto do Projeto do Ver. Mano José, que manda fazer os pagamentos quinzenais.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. CLÓVIS BRUM (Questão de
Ordem): Sr. Presidente, recebi os avulsos e há um Veto ao Projeto de Lei
Complementar nº 027/89, de autoria do Ver. Leão de Medeiros. Mas, se não me
engano, há um outro. A Mesa poderia me informar qual é? Gostaria, ainda, de saber se além desses
vetos haverá a votação dos projetos constantes da convocação extraordinária.
O SR. PRESIDENTE: São dois Vetos que
temos para apreciar, Vereador: um ao Projeto de Lei Complementar nº 27/89 e o
outro é ao Projeto 2840, de autoria
do Ver. Mano José. Quanto aos Pareceres sobre os Projetos, a Assessora
Legislativa já está colhendo as assinaturas dos Vereadores e, no decorrer da
Sessão poderei prestar-lhe uma informação melhor.
A palavra com o Ver. Vicente Dutra
para encaminhar.
O SR. VICENTE DUTRA: Sr. Presidente,
Srs. Vereadores. É muita incoerência o triste espetáculo a que estamos
assistindo, neste Parlamente, provocado pelo PT. O PT é de uma incoerência toda
a prova e, talvez, a maior contradição que se possa verificar, embutida nesse Partido, seja,
exatamente, uma que não é diretamente culpa dele, mas, sim, do sistema
eleitoral vigente à época da escolha do prefeito municipal, pois colocamos à
maioria à frente do comando da Cidade e o que vemos é o que aí está. É bom lembrar que o PT se elegeu por 34% dos
votos, o que vale dizer que mais da metade desses votos não foram do PT,
votaram nesta candidatura. Então, o PT deveria se comportar pelo menos
respeitando essa absoluta maioria daqueles que o rejeitaram votando em outra siglas, em outros partido.
Lamentavelmente, na ocasião não existia o segundo turno ainda que com reduzida
margem, assumia o comando da Prefeitura. Nós não podemos deixar de registrar
este fato que é altamente elucidativa para entender essa confusão toda que hoje agita a nossa Cidade. Uma
outra contradição nós verificamos logo no primeiro mês, quando houve aquela
greve em todo o Brasil e nós encontramos o Prefeito Municipal panfleteando em
frente ao antigo Banco do qual é originário o Banco do RGS. Lá S. Exª não era mais o chefe do Executivo,
que deveria se comportar como tal, mas ainda acostumado ao gesto de Líder
Sindical estava panfleteando em frente do Banco. Mas isso ele fez das 06 às
9h30min., conforme registrou a imprensa. Mas ele voltou para o Gabinete e sentou na sua mesa de trabalho,
ligou aqui para a Câmara convidando as lideranças com assento nesta Casa para
que fossem conversar com ele. Eu estava na Casa aquela manhã, era período de
recesso e as lideranças se movimentaram lépidas e faceiras, como diz o poeta, se dirigindo ao Paço
Municipal na certeza de que naquele momento o Sr. Prefeito Municipal, embuído
daquele espírito que no animava alguns minutos antes iria, é claro comunicar as
lideranças que estaria concedendo aos funcionários municipais também em greve um aumento bem mais
substanciado que aquele que ele estava reivindicando, segundo ele, justamente
para os trabalhadores. Para surpresa das lideranças, o Sr. Prefeito fez uma
apelo dramático às lideranças no sentido de que ajudassem, aqui na Câmara Municipal, um ajuste bem abaixo
daquele percentuais que ele estava panfleteando, pela CUT, lá no Banco do
Estado do Rio Grande do Sul. Ficou, claro, então, a grande incoerência da
Administração Municipal em agir com dois pesos e duas medidas: na hora da agitação – e isto sabe fazer como
ninguém – panfleteiam em favor da CUT, contra o Banco do Estado, como se o
Banco do Estado fosse também entidade à parte no Brasil e não sofresse as
condições, como se o Governo do Estado tivesse condições de pagar acima daqueles percentuais ao qual o
Prefeito não consegue pagar. As incoerências continuam, o PT arrocha os
salários. Tenho aqui uma tabela que me foi trazida por um companheiro, que no
momento não o vejo no Plenário, em que ele arrola as faixas de 01 a 07. Segundo a proposta do Prefeito, de 01
a 05 não haverá modificação. Mas mesmo considerando os 117%, vejam bem: aqui na
faixa 1, o que não existe, oitocentos e quarenta e um e setenta e seis. Faixa
01, do Município. Está aqui o Presidente do Sindicato, peço que ele me confirme com a cabeça ou
não se este valor está certo. Como é que pode ser oitocentos e quarenta e um se
o salário-mínimo está em torno de um mil e quatrocentos cruzados? Como o
Partido dos Trabalhadores admite um salário desses, como do faixa 01? Como isto não foi ao menos
retificado ao nível do salário-mínimo? é uma grande incoerência isto daí, dizem
que começa numa faixa 02, um mil e quatrocentos e setenta, que é um
salário-mínimo. E vejam bem, o pessoal do Estado não está satisfeito. Temos greve no Estado, pressões de todo o
jeito com o Governador. Faixa 01, 2.388,. Salário pago aos trabalhadores. Aqui,
como reajuste de 117% ficaria em 1.460. O Técnico Científico, se fosse dado o
reajuste de 117% que o Prefeito não quer dar ficaria em torno de 5.724,80. no Estado está em torno de
11.508, 00 e lá também tem greve e não estão satisfeitos. Está lá o Governador,
foi recorrer inclusive a recursos internacionais para poder pagar melhor os
seus funcionários. Eu tenho aqui tantas e outras coisas de incoerência mas acho que já foi relatado
pelos companheiros. Só conclamo os meus pares
que rejeitemos de imediato este Veto, concedendo, no mínimo, o reajuste
mensal, como propõe o Ver. Leão de Medeiros. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Clóvis Brum.
O SR. CLÓVIS BRUM: Sr. Presidente,
Srs. Vereadores. Solicita-me o Ver. Artur Zanella que faça este pronunciamento
também em nome do PFL, o que muito me honra.
Quero dizer rapidamente que seria
interessante, neste momento,
que a Liderança do PT delegasse, ao Ver. José Alvarenga, o pronunciamento sobre
a posição de sua Bancada, porque me parece que se trata de uma conquista
salarial, se trata, em síntese, e um luta de trabalhadores, que a CUT tem
defendido com toda a veemência
e o próprio Partido dos Trabalhadores a defendeu nas suas campanhas eleitorais.
Ainda tenho na retina os pronunciamento do candidato à Presidência da
República, em que eu votei – no primeiro turno, votei em, Ulysses Guimarães, no
segundo, votei no Dep. Lula – e a luta do Dep. Lula, na sua campanha, era
exatamente a mensagem dirigida aos trabalhadores, nas defesa dos eu interesses,
e já não era a mesma defesa dos outros candidatos, mas, rigorosamente, acho que
a Bancada do PT marcaria um tanto decisivo,
politicamente falando, nesta tarde, se designasse o Ver. José Alvarenga para
encaminhar este Veto. Não pelas discordâncias do Ver. Jose Alvarenga, pois acho
que não há discordância entre S. Exª e
o seu Partido. Há uma oposição clara e coerente. O que o Ver. José Alvarenga tem defendido aqui na tribuna não
é nada contrário à Bancada do PT. Está tudo exatamente dentro do programa
partidário do PT. O Ver. Alvarenga não inventou nada. Os seus discursos são
exatamente dentro do programa do seu partido. Não tenho nem que felicitar o Ver. José Alvarenga. Ele está
penas cumprindo com a sua missão, de levar a diante, nas tribunas do
Legislativo, o seu programa, o programa do Partido dos Trabalhadores. Discurso
contrários nascidos das hostes do PT esse sim que estão criando
alguma inovação. Quer dizer: ou são divergentes do programa partidário
ou são divergentes das promessas eleitorais e, com isso, nada convergem os
interesses dos trabalhadores da Prefeitura. Ainda bem o Ver. Leão de Medeiros
quando traz a oportunidade
para que se faça o reajuste mensal. Aliás tem uma proposta do Executivo.... O
Senhor também não está criando muita coisa, não. V. Exª me desculpe, mas não
está criando muita coisa também, por isso acho que o PT vota conosco na
derrubada deste Veto, porque o
PT acabou de enviar o Projeto que acena para a correção mensal. Bom, agora o PT
votar contra esse Veto, aí sim, eu posso dizer que aquele Projeto que acena com
a correção mensal é de mentirinha, não é sério. Até o presente momento eu não
defendo, eu digo, pelo
contrário, que a Bancada do PT vai votar contra o Veto do prefeito porque colide, se choca
frontalmente com as grande lutas e nisto o Ver. José Alvarenga foi muito feliz
ontem com as grande lutas da Lideranças tradicionais do Parido dos Trabalhadores. Dizia o Ver. José
Alvarenga, numa de suas belas tardes de discursos nesta tribuna. Liderança do
Partido do Trabalhadores com grande promessa. Ele, de vez em quando diz alguma
coisas que não são verdadeiras no sentido prático da vida, mas promete muito o Ver. José Alvarenga.
Quer atribuir ao Banco do Estado do Rio Grande do Sul o caos da Administração
do PT em Porto Alegre. É uma tentativa de defender a administração do seu
partido, mas que não tem ressonância no mundo econômico, naqueles que entendem da Administração Pública.
Mas continuo ainda achando que o Ver. José Alvarenga teria
nesta tarde a grande chance de resgatar a luta do PT e do PT do Ver. Antonio
Hohlfeldt. O Ver. Antonio Hohlfeldt tinha razão ontem e o Ver. Antonio
Hohlfeldt tem razão hoje. O
Ver. Antonio Hohlfeldt tinha razão ontem e ao Ver. Antonio Hohlfeldt lhes
sobram razoes hoje. Não sou eu quem digo, é o Vice-Prefeito Tarso
Genro, é o prefeito em exercício hoje quem diz isso, nas suas
declarações. Não sou eu quem estou dizendo.
Sobraram razões na luta do Ver. Antonio Hohlfeldt, ontem e sobraram razões
hoje. Por isso, Sr. Presidente, eu vou sentar-me na minha tribuna e aguardar
que a Bancada do Partido dos Trabalhadores marque um ponto positivo nos encaminhamentos desse Veto, designando a palavra vitoriosa ao
Ver. José Alvarenga para fazer esse encaminhamento. Sou grato.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. RESIDENTE: Não havendo mais quem queira encaminhar,
passaremos à votação do PLCL nº 025/89.
Convido os Srs. Wilton Araújo e Antonio Hohlfeldt para escrutinadores, uma vez que a
votação é secreta.
Solicito ao Sr. Secretário que proceda à chamada nominal do
Srs. Vereadores para votação.
O SR. SECRETÁRIO: (Após proceder à chamada.) Votaram 30
Srs. Vereadores, Sr. Presidente.
(É procedido
o escrutínio.)
O SR. PRESIDENTE: APROVADO o PLCL nº 025/89 e
rejeitado o Veto Total a ele aposto por 23 votos SIM contra 05 votos NÃO e 02
em BRANCO.
Sobre a mesa, três Ofícios nºs 65,68 e 69/90, do Sr.
Prefeito Municipal, solicitando que seja devolvido
ao Executivo Municipal, respectivamente,
o PLCE nº 01/90 e os PLEs nºs 06 e 05/90.
Passamos ao próximo Projeto.
PROC. Nº 2840/89 – VETO TOTAL AO PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 166/89, de autoria do Ver. Mano José, que estabelece critérios
de antecipação de retribuição pecuniária aos servidores
municipais.
Parecer:
- da Comissão de Justiça e Redação. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela rejeição do Veto Total.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão. Para discutir, com a
palavra o Ver. Isaac Ainhorn.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Elói Guimarães.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. Nós
já tivemos a oportunidade de examinar pela manhã a questão ligada aos salários
do funcionalismo e dizíamos que nas razões que embasaram o Veto deveríamos riscar a
palavra “aumento”. Não se trata de
aumento e aumento é quando acresce a toda a luta do funcionalismo é uma luta
para não perder, é diferente da luta para ganhar. Esta é a luta que trava o funcionalismo
para não perder através da reposição
estrita da perda que o funcionalismo têm ao inicio do mês um salário “X” e
quando chega o fim do mês, nós temos que deduzir deste “X” o que a inflação lhe
tomou, a inflação é como se fosse uma mão invisível que retira do bolso do
funcionalismo o correspondente
à perda do poder aquisitivo do mês. Então a luta do funcionalismo é o Veto que
há pouco derrubamos nada mais representou fazer com que o funcionalismo não
perca, não vai ganhar evidentemente, porque estamos aqui discutindo, correção
inflacionária, não ganha mas
pelo menos não perde. Isso é o mínimo de dignidade que a Administração tem que
reconhecer ao funcionalismo.. Então nada mais são, na mais
justo, nada mais correto do que a luta do funcionalismo para não perder.
Temos hoje à tarde dois Projetos
do Executivo a examinar: o que encaminha a reposição da inflação parcial – o
que é inaceitável;o outro visa extinguir, ou melhor, incorpora o DEP ao DMAE.
Quero dizer que o Executivo, a Administração não administra a Cidade sem a
concorrência da Câmara
Municipal de Porto Alegre. Não temos dívidas, não vamos aprovar a reposição
parcial. Entendemos que reposição, que já é lei, tem que ser dada
integralmente. Não podemos concordar que se barganhe, que ser negocie, vejam
bem, a reposição inflacionária.
Não é o aumento. Poderíamos negociar um aumento ou uma reformulação salarial,
mas a perda substancial dos salários não podemos negociar, não podemos negociar
essa perda que é enxurrada inflacionária leva a cada e cada dia. Isso é
inegociável.
Mas vejam que
estamos, agora, examinando um Projeto que visa o pagamento quinzenal. É justo
esse Projeto? Sim , é justo, na medida em que a inflação é diária. Estamos
atravessando uma inflação de 2% ao dia. É, realmente, um saque ao poder
aquisitivo do funcionalismo e
dos trabalhadores. Então, repor-se quinzenalmente, é válido. Mas, parece-me,
que isso pode ser discutido numa negociação alta, quando temos dois Projetos do
Executivo a enfrentar: um que extingue o DEP, e outro que trata de uma
reposição na ordem de 75%.
Diante desse quadro, e antes de votarmos, de rejeitarmos
esse Veto, podemos fazer uma negociação com referência a esse Projeto. Agora, o
que não podemos, Sr. Presidente e SRs. Vereadores, é abrir mãos da reposição integral da inflação,
e veja que está se dá
mensalmente, não é diária, porque o correto, o verdadeiro, seria uma reposição
diária, e todos nós estamos aí habituados a entrar no supermercado, entrar na
loja, a ir no açougue, etc..., os preços modificam diariamente, é diariamente
que a maquineta do supermercado
reajusta o preço do arroz, feijão, etc..., e não se dá isso com os salários. E
mesmo pretendendo ao mês o reajuste,a reposição no mês, nós ainda estamos
encontrando resistência de parte da Administração, o que se nos afigura
insustentável. Portanto, ao
encaminhar favoravelmente a derrubada do presente Veto que estabelecer ao
pagamento quinzenal, o que é justo, estamos diante, logo à frente da análise de
dois Projetos, o que propõe reposição salarial que é inflacionária mensalmente
num percentual de 75% e a
extinção do DEP, e automaticamente a incorporação ao DMAE, me parece que isto
aí pode ser negociado. Então, fica
aqui, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, a nossa manifestação, não de apelo e
aqui já sustentou o Ver. Isaac Ainhorn de boa política de parte do Executivo em retirar imediatamente pelo
menos um dos Projetos que trata do salário do funcionalismo e imediatamente
pagar a reposição, e aí está a questão ligada ao presente Projeto quinzenal,
podemos sentar à Mesa, as Lideranças, as Bancadas, a Câmara pode sentar à Mesa e fazer uma discussão, porque aí
não se trata de barganhar a inflação, nós não podemos barganhar a inflação., nós não podemos pechinchar com a
inflação,porque perdida ela não se recompõe. Então, é negociável sob qualquer
aspecto e tem que se dar a
reposição total da inflação a partir desse mês. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: A palavra com, o Ver. Antonio Hohlfeldt.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente, Srs. Vereadores,
Srs. Funcionários públicos
municipais e, muito especialmente todos os companheiros que atuaram comigo na
SMT, seria muito fácil manter a boca calada, dar o meu voto, que é secreto, me
poupar de alguns desgaste, não entrar nessa discussão, quem sabe lá dizer para
alguns que votava assim e
votar de outra maneira, como é tão comum. Mas, ao longo de 7 anos, nesta Casa 6
em que representei sozinho o Partido
dos Trabalhadores, na oposição, jamais fugi de uma posição e, inclusive, tive a
dura experiência de, em 1988, após as eleições, ser vaiado por alguns funcionários que defendiam alguns
interesses, quando eu alertava que a aprovação do que se chamava, então, plano
de carreira, era impagável e geraria situações realmente de calamidade na
Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Dentro dessa perspectiva acho,a te, que a Administração, no ano passado, conseguiu levar o
barco com imensa dificuldades, havia uma previsão inicial de não se pagar a
folha em maio, depois se atrasou para agosto setembro, acabou passando para
novembro e, em dezembro,
enfrentamos a primeira greve problema. A Câmara de Porto Alegre teve uma
participação objetiva na tentativa de encaminhamento de solução, deu um voto de
confiança á Administração Pública quando, no final do ano passado, aprovou uma
reforma tributária, senão no
seu todo, pelo menos num percentual que eu diria, guardadas as proporções da
Bancada de situação, que é absolutamente minoritária nesta Casa, foi, realmente
um voto de confiança, sob todos os aspectos à Administração. Aprovamos todos os
Projetos, embora alguns deles
com algumas modificações bastante significativas e outros, praticamente na sua
forma original. Portanto a Administração tem que dar uma resposta a esta Casa e
também a seus funcionários. Já disse em outras ocasiões e não tenho porque deixar de repetir hoje, que não
adianta nada a Administração pretender aplicar na Cidade. Esta angustia todo o
Administrador tem e eu tenho certeza de que o Ver. João Dib tinha esta angustia
quando Prefeito, deve ter tido o prefeito Collares e, certamente, tem o Prefeito Olívio Dutra. Cada um
com critérios de que sejam as obras públicas, uns enfatizando uns aspectos,
outros enfatizando outros aspectos, mas todo querendo deixara sua marca as tender aquela demanda que a população
apresenta, , mas de nada adianta
fazermos estes investimentos se não tivermos a máquina da Prefeitura
funcionando. E assim como eu dizia por diversas vezes junto com Vereadores como
o Ver. Lauro Hagemann, que está aqui, ainda, na Casa, com a Verª Jussara Cony,
hoje Deputada, Ver. caio
Lustosa, Ver. Flávio Koulon, que intermediamos tantos movimentos, tantas
reivindicações dos Srs. Funcionários. Já junto ao Prefeito João Dib e depois
junto ao Prefeito Collares, acho que não adianta resolvermos lá fora os
problemas se não conseguimos resolver
os problemas dentro de Casa. Foi neste sentido e porque eu tinha um compromisso
de palavras, de responsabilidade como um dos Vereadores da situação que
negociou a reforma tributária com o Srs. Vereadores de Oposição especialmente
conversei inúmeras vezes com o
Vereadores do PDS, tinha um compromisso com o Ver. Leão de Medeiros em relação
ao projeto anterior. Votei favorável a ele e, por coerência, deveria votar
favorável mais uma vez e portanto, contra o Veto, o que o fiz com absoluta
tranqüilidade, com absoluto
respeito em relação a posição da Administração e o fia evidentemente porque acho que no
mínimo, o pagamento mensal é uma necessidade, neste momento, de
todo o funcionalismo. Neste sentido eu gostaria de fazer um registro, que vale
para nós como vale para a
imensa maioria dos municípios destes País, 1.400 e poucos municípios de
dimensões significativas. Não estamos fazendo uma coisa ás avessa. Enquanto o
Governo Federal mantém a atualização salarial de dois em dois meses, enquanto o
Governo do Estado. E é pena
que não vejo o Ver. Clóvis Brum aqui, que disse ser líder da situação há poucos
minutos e agora não está aqui para ouvir isso. Enquanto o Ver. Clóvis Brum se
preocupa com a nossa Bancada de situação, o Governo do Estado, que é do PMDB,
mantém a atualização
bimestral, de dois em dois meses, e estamos cobrando, acho que cobrando
corretamente, a atualização mensal. Apenas quero gizar essa cobrança que é de
justiça, não apenas a Prefeitura de Porto Alegre, mas queria estender a boa
parte do municípios
brasileiros, mesmo enfrentando uma situação pré-falimentar, mesmo enfrentando
uma falsa reforma tributária que a Constituinte berrou e alardeou, mas não fez
porque se criou pequenos transportes de impostos ou percentuais, de fato criou
muito mais ônus na área da
educação, na área da saúde, na área da polícia, na área de segurança de um modo
geral com a municipalização, esse termo que encobriu repasses do que era do
nível federal, do nível estadual para o nível municipal o que superam de muito
os valores, os percentuais
daquilo que evidentemente os municípios ganharam em pequenas passagens, talvez
se comece a melhorar essa situação com este Projeto recém votado dos repasses
do IMCs que deve ser semanalmente, mas de qualquer maneira, vejam os Senhores, não quero tratar do assunto apenas
Porto Alegre, estamos cobrando, estamos fazendo uma recuperação mais do que
justa dos municípios, a partir de que menos autonomia tem na possibilidade de
recuperar e de sobreviver.
O Sr. Leão de Medeiros: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Ver. Hohlfeldt, no momento em que V. Exª divulga publicamente a sua declaração
de voto ao Veto do projeto mensal e divulga com toda a sua força que foi a
favor do Projeto original fazendo referência expressa a um fato absolutamente verdadeiro, no meu
modesto sentir, V. Exª honra o mandato que tem e honra também esta Casa.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Obrigado, Vereador. Acho que o meu
partido mesmo se nós eventualmente, hoje neste caso específico, tivermos um divergência com a Administração, e acho que o
próprio Prefeito entende muito claramente essa posição, porque a tínhamos
deixado muito clara quando da negociação. E temos um posição muito clara em
torno desse assunto. Mas vejam os senhores funcionários, meus companheiros de bancada: acho que é importante
termos esta reflexão e procuramos os contextualizar a situação de Porto Alegre
num panorama do Rio Grande do Sul, num panorama brasileiro, porque tenho
certeza, e conheço bastante o companheiro Olívio Dutra há pelo menos dez anos convivo com o Olívio , lado a lado desde antes de fundação do PT, foi pela mão do
Olívio, praticamente, que entrei para o Partido dos Trabalhadores. Sei que deve
ter sido muito difícil para ele tomar estas posições. E sei também, igualmente e ao contrário do que pretende projetar o
Sr. Isaac Ainhorn, acho que é exatamente o contrário, quando já se coloca a
questão da possibilidade do pagamento mensal para abril, tão logo se consegue
equilibrar a Receita, o que está colocando com muita clareza e talvez o que tenha faltado a
Administração – e digo isso não a nível de crítica, a\ms de um comentário muito tranqüilo,
muito respeitoso. É talvez o maior avança, maior flexibilidade de uma discussão política dessas
questões que estão muito ligadas umas às outras.
Eu entendo, por exemplo que, sem dúvida nenhuma, o Pacote
Tributário deverá gerara efeitos, agora, todos os Vereadores sabem e todos os
funcionários sabem que o Pacote Tributário não faz milagres. Não é em janeiro
que ele vai gerar receita imediata, ou
seja, nós continuamos tendo problemas, no primeiro mês em que sabidamente o
grosso da população na
ao faz o pagamento do seu imposto ou
faz de maneira parcial nos últimos dias, em que, portanto, nós teremos ainda
este problema. Acho que este dado é irretorquível,
acho que este dado é muito objetivo e acho que este dado em outro lado explica
o porquê dos Ventos:
O Sr. Adroaldo Corrêa: V. Exª permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Ver. Antonio Hohlfeldt, estou inscrito e com a
condescendência da Mesa,
consultando os demais inscritos, gostaria de ceder-lhe a minha inscrição.
O SR. PRESIDENTE: Os próximos oradores inscritos é o Ver.
Dilamar Machado, Ver. João Motta, e Adroaldo Corrêa, que cede o tempo a V. Exª.
V.Exª tem mais dez minutos.
O Sr. Luiz Braz:
V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Hohlfeldt, V. Exª diz
que no mês de janeiro o Pacote Tributário ainda não consegue surtir aqueles
efeitos que todos nós quando votamos esperamos que possa a Administração ter
mais recursos para pagar o
funcionalismo e para fazer obras. Mas já existe agora no mês de janeiro alguns
reflexos do pacote tributário que nós votamos no final do ano passado como, por
exemplo, a questão do ISSQN, quando
aumentamos a alíquota de 4 para 5%, nós estávamos dando um aumento no ISSQN de 25%.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Se há realmente uma aumento percentual, ele não chega a
cobri a despesa já assumida pelo governo municipal em relação a empréstimos
bancários que de curtíssimo prazo devem ser pagos em janeiro. Quero dizer que não concordo com os
números que estão no quadro apresentado vou entrar na discussão na hora que
entrar o projeto para discutir. Acho que os números não correspondem à
realidade ou não truncados. De qualquer maneira ainda que a receita tenha crescido é bom lembrarmos que a municipalidade fez
empréstimo vultoso pagar o mês de dezembro e assim mesmo com alguns atraso.
Então, neste sento. Eu diria que no mínimo, as coisas ficam zerada e significa
fazer novo empréstimo, em janeiro para poder pagar em fevereiro. Num certo momento acabaremos criando um
círculo vicioso que não permite resolver a situação. Acho que se poderia tentar
entender a proposta que a administração faz, no sentido de conter a tendência
de empréstimos bancários. Isto não pode ser feito
às custa do funcionalismo. Deve haver uma negociação a sério e há que se chegar
a uma alternativa da do tipo que está sendo proposta que, no mínimo,se
apresente prazos, percentuais de recuperação e devolução e condições desta
devolução. Isto me aprece que
é uma questão básica de respeito ao funcionário. Disto não abro mão por questão
de coerência dentro do trabalho que tive nesta Casa ao longo destes anos.
O Sr. Dilamar Machado: V. Exª permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Gostaria de colaborar com V. Exª na análise que faz, correta, das dificuldades
que o Executivo que tem para cumprir os seus deveres como funcionalismo,
detectando uma falha que existe atualmente na arrecadação do Município e que
beneficia diretamente apenas uma categoria. V. Exª não estava na
Casa quando aprovamos a criação do IVVC e houve uma longa discussão de quem
pagaria este imposto. Acabamos nós Vereadores, derrotados por uma decisão
judicial, que deu cobertura aos garagistas. No entanto, a Lei permite estes
mesmo garagista que recolham
de nós, consumidores, este imposto é apenas um depósito nos cofres públicos 45
dias depois. É evidente que, no processo inflacionário em que vivemos, nesta
ciranda financeira em que o over d´pa um resultado diário de até 2,5%, na
realidade, nós estamos pagando
a quem esta ganhando com isso é o garagista. Então, quero sugerir a V. Exª e ao
Governo Municipal que encaminhe para esta Casa um mecanismo que obrigue os
garagistas a depositarem o dinheiro arrecadado no máximo 7 dias, ms, se possível, em48 horas. Eu tenho a certeza
de que, com isto, a Prefeitura irá arrecadar bem mais do que arrecada
atualmente. Quando aprovamos o IVVC, o litro de gasolina custava 42 centavos em
Porto Alegre, um ano de pois custava 12 cruzados e alguns centavos.
O SR.
ANTONIO HOHLFELDT: Ver. Dilamar Machado, vindo esta colocação de V. Exª, na
condição de Líder do PDT, eu só posso acolhe-la. Acompanhei, de longe, o
episódio jurídico. Comprometo-me, embora não exerça nenhuma função de liderança
na Bancada, de encaminhar isto por escrito ao Sr.
Prefeito. Não sei se vemos aumentar a
arrecadação, mas aumentaremos o poder de compra deste valor arrecadado, na
medida em que ele virá mais cedo. E quero dizer que, se isto depender de l,ei
municipal, entendo, ao colher o seu aparte,
que se enviado na forma de Projeto de Lei do Município, teria ao colhimento
deste Plenário e, neste sentido, seria portanto um encaminhamento que nós
tentaríamos, para buscar este dinheiro mais rapidamente. Quero deixar o meu
agradecimento a uma colaboração
que não é com a Administração apenas, é com o Município e com o funcionalismo
de um modo geral.
Portanto, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, dizia eu que tinha um
compromisso com o Ver. Leão de Medeiros, muito pessoal, no episódio daquele
projeto e tenho uma visão em
relação aos dois projetos votados no sentido de que, evidentemente, na realidade financeira de hoje, precisamos
encará-los com objetividade. O primeiro deles, o Veto já se encontra derrubado,
pagamento mensal: segundo, o adiantamento dos
40%. Acho que por uma questão de coerência, é evidente, que precisamos encarar sito com objetividade, já que a
própria Câmara Municipal tem essa prática, e não vejo porque se fazer diferença
no tratamento do funcionário deste Legislativo, com relação ao restante do Executivo. Entendo, no
momento, e era siso que eu queria colocar à discussão, independente da
decisão final dos Srs. Vereadores, que precisaríamos e esta discussão deveria ser feita na medida do possível,s e houver tempo, dar um prazo um pouco maior ao Executivo para poder
colocar em prática essa medida. Por exemplo, sei que temos um Veto, não podemos
emendar projeto, não sei como se poderia resolver, mas o próprio Ver. Elói
lamentava aqui a possibilidade de negociação, pois essa possibilidade queria manter em aberto, lá sei
eu, se deixássemos firmada uma posição, por exemplo, ao derrubar o veto, ou
adiar a votação, temos um prazo largo para a avaliação do veto, de que estivéssemos uma discussão no sentido
de que a municipalidade assumiria o compromisso,
e dentro de 2 ou 3 meses assumisse isso claramente, uma negociação de
liderança, e teríamos a partir de março, ou abril, quando a própria Prefeitura
diz que estaria equilibrada a sua receita e despesa, e não teria mais
desculpas, mantendo-se, evidentemente,
a garantia do pagamento mensal, que me parece encaminhado, a partir da
derrubada do verto.. aCho que esse tipo de conversa tem que ser feito, não ponho
em discussão, até porque, por incrível que pareça, o Ver,. Dib, já registrava aqui, embora em outro tom, pela primeira vez,
nós, Vereadores, também tivemos nos nossos sala´rios no fim do ano passado. E até com uma
posição muito objetiva, muito séria, da Mesa, do Ver. Valdir Fraga, não ouvi aquela
discursseira politiqueira que poderia ter surgido; com o que os 33 Vereadores assimitam com muita seriedade a crise,
levaram a sério o problema, portanto, passamos pelo desafio. Temos nesse
sentido de discutirmos estas coisas e de estarmos lado a lado com os
funcionários, não apenas no sentido de para eles
uma coisa, e para nós, outra, mas porque nós também tivemos esse episódio,
nesse momento, e acho que a própria Câmara deverá enfrentar, por vezes, alguns
problemas nesse sentido. Então, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu queria
deixar clara, portanto, a
minha posição, porque não sou de ficar em cima do muro, não sou de me esconder
em relação a votos, mesmo quando secretos, e tenho uma clareza muito grande. Se
tenho absoluta lealdade dom o meu Partido e para com meu
Prefeito, tenho também, responsabilidade, em primeiro lugar com o
funcionalismo que faz a prefeitura funcionar e também em relação a própria
Cidade e a oposição que há seis ou sete anos venho defendendo nesta Casa. Acho
que esta coerência não colocamos fora de uma hora para a outra. Então, tinha um compromisso firmado com o
Ver. Leão de Medeiros dentro da negociação do pacote tributário e tenho, no meu
entendimento, uma possibilidade de inclusive de antecedido pelo Ver.
(Levanta-se a Sessão às 12h20min.)
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